Crítica | Monolith (2016)

Katrina Bowden descobre que a tecnologia pode ser nossa pior inimiga no suspense do diretor Ivan Silvestrini

Imagem do filme 'Monolith', de Ivan Silvestrini


A tecnologia pode ser uma grande aliada, mas basta um pequeno descuido para ela mostrar sua cara feia. No caso do novo filme do diretor Ivan Silvestrini, são vários pequenos descuidos. Todos cometidos pela protagonista Sandra (Katrina Bowden, de A Enfermeira Assassina), uma jovem mãe que cruza o país em uma viagem com seu pequeno filho, David. Tentando evitar o tráfego das rodovias, Sandra pega um desvio sugerido pelo sistema de navegação por satélite. Mas ela sofre um acidente e fica trancada do lado de fora do carro, enquanto a criança fica presa lá dentro.


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Sandra poderia muito bem quebrar o vidro e tirar o menino de lá, se não fosse por um detalhe: seu carro é um Monolith, a última palavra em segurança. Além de contar com vidros à prova de balas, ele tem um sistema de inteligência artificial chamado Lilith, que serve como guia, é capaz de dirigir sozinho e também pode travar o veículo em modo de segurança, tornando-o praticamente impenetrável. É o que acontece aqui.

A atriz Katrina Bowden em imagem do filme 'Monolith', de Ivan Silvestrini


A maior parte do filme se resume a nossa heroína azarada tentando resgatar o filho. Mas há muitas situações tensas que impedem que a história fique monótona. O menino tem asma e pode sofrer um ataque a qualquer momento. Do lado de fora Sandra fica exposta aos perigos do deserto. E o diretor aproveita os momentos de calmaria para desenvolver uma história curiosa sobre maternidade, responsabilidade e redenção.


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O fato do roteiro precisar recorrer a uma série de conveniências para que a história siga adiante não me incomodou muito. Já os eventos do último ato são difíceis de engolir. Há cenas exageradas, soluções que aparecem do nada e um CGI bem duvidoso. Se você conseguir comprar a idéia de que o filme é ambientado em um futuro onde aquela tecnologia espalhafatosa existe, pode se divertir. Se não conseguir, o final vai estragar sua experiência.

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O melhor: O roteiro consegue criar tensão com uma situação simples.
O pior: O final exagerado incomoda bastante.

Título original: Monolith.
Gênero: Suspense.
Produção: 2016.
Lançamento: 2017.
País: Itália.
Duração: 83 minutos.
Roteiro: Elena Bucaccio, Roberto Recchioni, Stefano Sardo, Ivan Silvestrini, Mauro Uzzeo.
Direção: Ivan Silvestrini.
Elenco: Katrina Bowden, Jay Hayden, Brandon W. Jones, Lauren McKnight, Katherine Kelly Lang, Brandon W. Jones, Damon Dayoub, Lauren McKnight, Justine Wachsberger, Andrea Ellsworth, David H. Stevens, Demetrius Daniels, Sila Agavale, Nixon Hodges, Krew Hodges.


Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

1 Comentários

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  1. Eu gostei bastante do filme, me angustiei com as cenas no deserto, torci pela mãe e pelo bebê... Enfim, fiquei muito tensa, hahaha. Mesmo o final exageradamente ficção científica não estragaram em nada. Muito bom.

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