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Crítica | Brick (2025)

O thriller sci-fi 'Brick', da Netflix, acompanha moradores de um prédio cercado por uma parede indestrutível.

Novo filme da Netflix é uma torre de mistérios, com paredes de blocos indestrutíveis e uma boa dose de tensão


Matthias Schweighöfer e Ruby O. Fee como Tim e Olivia no filme 'Brick'
Matthias Schweighöfer e Ruby O. Fee como Tim e Olivia no filme 'Brick'. Foto: Netflix


O filme A Torre do Inferno, de 2022, mostra o colapso de um grupo de pessoas que acordam de manhã e descobrem que as portas e janelas de seu prédio estão obstruídas por uma névoa opaca que dissolve qualquer coisa que toca nela. Sua premissa intrigante me fisgou nos primeiros cinco minutos, mas foram necessários apenas mais uns vinte para que o filme saísse dos trilhos, tornando-se uma obra confusa e sonolenta.

Ao terminar de assistir, fui tomado pela sensação de que havia um bom filme de terror e ficção científica escondido em algum lugar ali, mas os realizadores decidiram que o espectador teria acesso apenas às partes chatas deles. Isso talvez explique minha empolgação com Brick, thriller sci-fi alemão dirigido e roteirizado por Philip Koch (Tribes of Europa), lançado esta semana na Netflix. Esse filme foi uma espécie de sonho realizado — mais ou menos como se Koch tivesse imaginado como seriam as partes divertidas de A Torre do Inferno e nos presenteasse com sua versão delas.


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A trama de Brick é praticamente idêntica à de seu primo francês: o casal Tim e Olivia acorda de manhã e descobre que está preso em seu apartamento. Só que, desta vez, o que bloqueia as portas e janelas não é uma névoa devoradora de gente, mas uma parede indestrutível feita de blocos negros com padrões variados. O casal inicia uma busca por pistas para escapar do prédio. Mas, antes de iniciar uma possível fuga, eles terão que contar com a boa vontade de alguns vizinhos.

Imagem do filme 'Bricks'
Bricks: para escapar do prédio, Tim e Olivia terão que contar com o apoio dos vizinhos. Foto: Netflix


Brick ganha pontos logo de cara por seu roteiro, mais focado do que aparenta à primeira vista. Koch entende que o mistério da barreira é o principal atrativo do filme, e mesmo flertando com dramas interpessoais e temas como luto e trauma, evita, dentro do possível, os desvios melodramáticos que tantos thrillers costumam adotar. Há momentos de tensão bem orquestrados e uma progressão satisfatória, mesmo com a ocasional lentidão no ritmo.

A estrutura é bastante semelhante à de um videogame ou de uma escape room, com os personagens coletando pistas e se arriscando na base da tentativa e erro para solucionar puzzles e avançar para a "próxima fase". Também como em um videogame, o filme transmite uma estranha sensação de satisfação a cada pista descoberta ou enigma resolvido. Não é coincidência que um dos personagens principais seja apresentado como um programador de jogos.


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O visual é um dos trunfos da produção. A fotografia transforma os corredores estreitos e apartamentos comuns em labirintos sufocantes, e a movimentação da câmera contribui para o senso constante de confinamento. Há escolhas de direção interessantes que favorecem a atmosfera de desconforto, especialmente quando os personagens começam a descobrir que a ameaça pode ser mais parecida com a de A Torre do Inferno do que imaginavam.

Imagem do filme 'Bricks' mostrando os personagens Olivia e Tim
Olivia e Tim não têm para onde correr no filme 'Bricks'. Foto: Netflix


Matthias Schweighöfer (Army of the Dead: Invasão em Las Vegas) e Ruby O. Fee (Polar) oferecem atuações competentes, com boa química e envolvimento emocional. O restante do elenco cumpre bem seu papel, ainda que alguns personagens estejam ali apenas para preencher arquétipos clássicos de suspense: o engraçado, o paranóico, o altruísta e a figura misteriosa que parece saber mais do que demonstra.

Brick tem falhas, é verdade. Os diálogos às vezes soam artificiais, o desfecho carece de impacto real, e o diretor se contém mesmo quando o filme implora para que ele deixe a elegância de lado e abrace logo a diversão caótica do cinema B. Ainda assim, consegue entregar mais do que muitos thrillers recentes com premissas semelhantes e é, no mínimo, um exercício de estilo curioso. Para quem gosta de ficção científica com um toque de jogo mental, é uma experiência que vale conferir.


Nota: 6/10


Título Original: Brick.

Título Nacional: Brick.

Gênero: Suspense, ficção científica, mistério.

Produção: 2025.

Lançamento: 2025.

País: Alemanha.

Duração: 1 h 39 min.

Roteiro: Philip Koch.

Direção: Philip Koch.

Elenco: Matthias Schweighöfer, Ruby O. Fee, Frederick Lau, Salber Lee Williams, Murathan Muslu, Sira-Anna Faal, Axel Werner, Alexander Beyer, Josef Berousek, Daniele Rizzo, Nader Ben-Abdallah, Daniela Galbo, Markus Ransmayr.



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