Crítica | Anaconda 2: A Caçada pela Orquídea Sangrenta (Anacondas: The Hunt for the Blood Orchid, 2004)

Farmacologistas enfrentam cobras gigantes nas florestas de Bornéu em 'Anaconda 2: A Caçada pela Orquídea Sangrenta', sequência do sucesso de 1997 dirigida por Dwight H. Little

Johnny Messner e KaDee Strickland como Bill e Sam no filme' Anaconda 2: A Caçada pela Orquídea Sangrenta', de Dwight H. Little. Foto: © 2004 Columbia Pictures

Sequência do filme B disfarçado de blockbuster de 1997 (leia nossa crítica do original), Anaconda 2: A Caçada pela Orquídea Sangrenta coloca um grupo de farmacologistas em uma viagem pelas águas traiçoeiras de Bornéu, no sudoeste asiático. A galera está em busca de uma tal orquídea sangrenta do título que, reza a lenda, possui enzimas que podem ser a chave para o que é descrito como uma fórmula para a juventude.

O problema é que essa flor só floresce por duas semanas, a cada sete anos. Como a época da colheita está chegando ao fim e nenhum capitão ousa navegar pela ilha onde a flor cresce na época das tempestades, o jeito é desembolsar uma grana preta, subir a bordo do Bloody Mary, e rezar para que o barco, caindo aos pedaços, consiga completar a viagem. Enfrentar a fúria das águas será uma tarefa difícil. Sobreviver aos ataques das cobras gigantes que espreitam nela, será mais difícil ainda.

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Enquanto o primeiro filme equilibrava bem elementos de ação, suspense e terror, a sequência trilha por um caminho mais próximo do thriller de sobrevivência. As anacondas fazem aparições ocasionais e só ganham o devido destaque no último ato. Mas até que o diretor Dwight H. Little (Halloween 4: O Retorno de Michael Myers) consegue criar alguns momentos bem tensos, como na cena em que um dos personagens fica imobilizado pelo veneno de uma aranha. Ou na batalha final, ambientada em um ninho de anacondas.

KaDee Strickland, Johnny Messner e Karl Yune como Sam, Bill e Tran no filme ' Anaconda 2: A Caçada pela Orquídea Sangrenta', de Dwight H. Little. Foto: © 2004 Columbia Pictures

Além a cobras gigante que, claro, querem devorar todo mundo, o filme tem um vilão humano. Ele é interpretado por Matthew Marsden (Cão Selvagem), e embora demore um pouquinho para mostrar as garras, faz bastante vilanices depois que pega embalo. Gostei de KaDee Strickland (Justiça a Qualquer Preço) no papel da assistente loirinha Sam Rogers, personagem que mais se aproxima da figura da final girl. Também gostei de Johnny Messner (série Jane the Virgin) como o capitão Bill Johnson, que começa esbanjando chatice, mas acaba se revelando um sujeito muito interessante.

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Algo que o diretor faz muito bem é simular aquele clima de aventura muito comum em produções antigas, mas que acabou se perdendo em filmes mais recentes. Além de cobras comedoras de gente e de aranhas capazes de congelar o sangue humano, você pode esperar por cachoeiras gigantes e alguns sangue-sugas. Rola até uma luta com um crocodilo, no melhor estilo dos clássicos em preto e branco de Tarzan, estrelados por Johnny Weissmuller.

KaDee Strickland como Sam no filme ' Anaconda 2: A Caçada pela Orquídea Sangrenta', de Dwight H. Little. Foto: © 2004 Columbia Pictures

Anaconda 2: A Caçada pela Orquídea Sangrenta com certeza passa longe de causar o mesmo impacto do filme original. Mas se você relevar alguns deslizes (como essas anacondas chegaram a Bornéu?!?) e der um desconto para os efeitos digitais ruins, pode até encontrar um passatempo divertido.

Nota: 5.2/10

Título original: Anacondas: The Hunt for the Blood Orchid.
Gênero: Aventura, suspense, terror.
Produção: 2004.
Lançamento: 2004.
País: Estados Unidos.
Duração: 1 h 37 min.
Roteiro: John Claflin, Daniel Zelman, Michael Miner, Edward Neumeier.
Diretor: Dwight H. Little.
Elenco: Johnny Messner, KaDee Strickland, Morris Chestnut, Eugene Byrd, Matthew Marsden, Nicholas Gonzalez, Karl Yune, Salli Richardson-Whitfield, Andy Anderson, Nicholas Hope, Peter Curtin, Denis Arndt, Khoa Do, Aireti, Andre Tandjung.