Crítica | 31: A Morte é a Única Saída (31, 2016)

Rob Zombie prepara um banquete de terror e caos em '31: A Morte é a Única Saída'


Imagem do filme '31: A Morte é a Única Saída', de Rob Zombie
Imagem do filme '31: A Morte é a Única Saída', de Rob Zombie


O filme 31: A Morte é a Única Saída, dirigido pelo icônico cineasta Rob Zombie, mergulha audaciosamente em um pesadelo distorcido e visceral. Com seu enredo repleto de violência intensa e um elenco talentoso, Zombie leva os espectadores a uma jornada aterrorizante e perturbadora, onde o mal se desdobra sem piedade.

O enredo segue um grupo de pessoas que, cinco dias antes da noite de Halloween, são sequestrados e forçados a participar do jogo sádico que dá nome ao filme. Neste jogo macabro, eles são perseguidos por um grupo de palhaços assassinos em um labirinto de terror, enquanto lutam pela sobrevivência e pela esperança de escapar das garras da morte.

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O filme mergulha em uma atmosfera sombria e claustrofóbica, onde a morte e a insanidade reinam supremas. O elenco realiza um bom trabalho, com destaque para Richard Brake como o vilão principal, o enigmático e implacável Doom-Head. Sua presença sinistra e carismática eleva o nível de tensão e oferece um desempenho memorável.

Richard Brake como Doom-Head no filme '31: A Morte é a Única Saída', de Rob Zombie
Richard Brake como Doom-Head no filme '31: A Morte é a Única Saída', de Rob Zombie


A direção de Rob Zombie é caótica e provocativa. Ele cria um ambiente de horror cru e surreal, repleto de figuras bizarras e mortais, onde o espectador é imerso em uma experiência sensorial intensa. A trilha sonora contribui para a atmosfera perturbadora, pontuando cada momento de tensão com sons inquietantes e pulsantes.

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A cinematografia e o design de produção de 31 são eficazes, apresentando uma estética visceral e perturbadora que ressalta o caráter grotesco e violento do filme. Os efeitos especiais são habilmente empregados para criar cenas gráficas e impactantes, tornando-se um componente essencial para a experiência de horror visceral.

31: A Morte é a Única Saída não visa ser uma obra de mensagem profunda ou filosófica, mas sim uma celebração do terror visceral e extremo. No entanto, é possível traçar um paralelo com a obra de Zombie em geral, que muitas vezes mergulha na análise da natureza humana em sua forma mais grotesca e perturbadora. Temas como a violência inerente à sociedade e a dualidade entre o bem e o mal podem ser encontrados em sua filmografia.

Elizabeth Daily e Jeff Daniel Phillips como a garota do posto e Roscoe no filme '31: A Morte é a Única Saída', de Rob Zombie


31 não é para todos os gostos. Sua violência gráfica e cenas perturbadoras podem alienar espectadores mais sensíveis. Além disso, a falta de uma narrativa mais elaborada pode deixar desapontados aqueles que procuram um enredo mais complexo. Isso não me incomodou. Já a edição e os movimentos de câmera frenéticos sim. Se você acompanha os trabalhos de Zombie, sabe que ele costuma abusar desses recursos, mas acredito que tenha passado do ponto dessa vez.

Em alguns momentos, o filme é tão picotado e a câmera se move tão rapidamente de um lado para o outro, que fica até difícil descrever o que estamos vendo. Isso prejudica especialmente as cenas de ação, tirando o impacto de alguns confrontos. Se você conseguir lidar com isso e tiver estômago forte para encarar as cenas viscerais, sangrentas e intensas, esse mergulho em um mundo de caos e insanidade pode se revelar um passatempo interessante.

Nota: 5/10

Título original: 31.
Gênero: Terror.
Produção: 2016.
Lançamento: 2016.
Pais: Reino Unidos, Estados Unidos.
Duração: 1 h 42 min.
Roteiro: Rob Zombie.
Direção: Rob Zombie.
Elenco: Sheri Moon Zombie, Jeff Daniel Phillips, Lawrence Hilton-Jacobs, Meg Foster, Kevin Jackson, Malcolm McDowell, Jane Carr, Judy Geeson, Richard Brake, Pancho Moler, David Ury, Lew Temple, Torsten Voges, Elizabeth Daily, Michael 'Red Bone' Alcott, Esperanza América, Andrea Dora, Tracey Walter, Ginger Lynn, Daniel Roebuck, Devin Sidell, Gabriel Pimentel.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

1 Comentários

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  1. Deviam contratar esse cara pra fazer o Coringa no filme do Batman. Ele é bom.

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