The Mist | Primeiras impressões



O primeiro episódio de The Mist, nova série do Spike, foi bom demais. Por isso, antes de dar uma opinião, decidi assistir mais dois para ver se manteriam o ritmo. Fico feliz em dizer que sim, eles mantiveram. No decorrer de três episódios, tivemos terror, suspense, tensão, mortes horrendas e tudo mais que uma série baseada em um conto de Stephen King merece.

The Mist reune elementos do livro de mesmo nome, e também do ótimo filme de 2007 conhecido no Brasil como O Novoeiro. A história se passa na cidade de Bridgeville, e o primeiro episódio é eficiente em fazer uma apresentação rápida de alguns dos personagens que acompanharemos. Temos uma professora que é demitida por falar sobre sexo durante a aula, um garoto que enfrenta problemas de convívio, um soldado que acorda sem memória no meio da floresta, uma mulher com um passado misterioso e uma garota que acusa o filho do chefe de polícia de tê-la estuprado.


Todas essas subtramas vão sendo desenvolvidas com eficiência, da mesma forma que a história principal: o misterioso nevoeiro que cobre a cidade e trás consigo horrores inimagináveis. Até agora, a série já mostrou três cenários onde os sobreviventes se reúnem para fugir da ameaça: o shopping, a delegacia e a igreja. Cada um conta com um núcleo de personagens, e dois desses núcleos já se juntaram para formar um maior. Já no terceiro episódio, as regras sociais começam a se fragmentar, e o convívio entre os sobreviventes começa a ficar extremamente tenso.

O elenco é bem variado, assim como as atuações. Morgan Spector, que interpreta Kevin Copeland ainda não me ganhou, mas sua esposa Eve e sua filha Alex (interpretadas por Alyssa Sutherland e Gus Birney) estão muito bem e suas tramas estão sendo muito bem exploradas. Danica Curcic está ótima como Mia Lambert, e seu relacionamento com Jonah Dixon, interpretado por Okezie Morro, promete coisas interessantes no futuro. Minha personagem favorita até o momento está sendo Frances Conroy, que interpreta a senhora Nathalie Raven. Além da atriz veterana ser ótima, a história dela está ganhando ares bem sinistros.


A série consegue um bom equilíbrio entre o drama e o horror, e mesmo em alguns momentos mais parados a história nunca cai na monotonia. A produção é muito bem cuidada, os efeitos especiais e a maquiagem não decepcionam e a série não pega leve na violência: há cenas fortes e sangrentas, algumas bem impressionantes.

Eu esperava por uma série boa, mas confesso que The Mist superou em muito minhas expectativas. Se não começarem a abusar demais do drama - algo que, aparentemente, não vai acontecer -, acho que teremos uma ótima temporada de estréia.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

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