Crítica | Dark Signal (2016)

Estação de rádio recebe mensagem do além em 'Dark Signal', do diretor Edward Evers-Swindell


Imagem do filme 'Dark Signal', de Edward Evers-Swindell
Imagem do filme 'Dark Signal', de Edward Evers-Swindell


Dark Signal é um filme de terror de 2016, com múltiplos fios narrativos que se entrelaçam em uma trama sobrenatural. É o segundo longa-metragem do diretor Edward Evers-Swindell, mesmo realizador de Infestation, terror sci-fi de 2005 lançado diretamente no mercado de vídeo. O filme é produzido por Neil Marshall (Abismo do Medo), mas apresenta pouco da energia e da criatividade pela qual ele é conhecido.

Laurie Wolf (Siwan Morris, da série Skins) é uma DJ cética que trabalha em uma estação de rádio. Ela e sua equipe são surpreendidas quando começam a captar uma transmissão de EVP (vozes eletrônicas de fenômenos paranormais), que parece estar vindo de um local próximo à estação. Ao investigar a transmissão, eles descobrem que o sinal é muito mais forte e estranho do que poderiam imaginar.

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Paralelamente, conhecemos Kate (Joanna Ignaczewska, a série The Crown), uma jovem que se une ao namorado para cometer um crime. O plano dá errado e eles se veem em uma situação perigosa. As histórias de Laurie e Kate vão se cruzar com as de um pai em busca de vingança pelo assassinato de sua filha, e a de um assassino mascarado que está aterrorizando a região.

Imagem do filme 'Dark Signal', de Edward Evers-Swindell
Imagem do filme 'Dark Signal', de Edward Evers-Swindell


O diretor tem algumas referências interessantes, como o giallo italiano e os slashers americanos dos anos 80, mas não consegue imprimir sua marca pessoal no longa-metragem. Dark Signal ainda apresenta falhas na estruturação, falta de personagens simpáticos e de eventos interessantes. Basicamente, uma quantidade assustadora de nada acontece até que chegamos no último ato e temos a revelação sobre a identidade do vilão.

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A reviravolta é interessante, mas a demora para chegar onde precisa e as conveniências do roteiro prejudicam seu impacto. A batalha final é um dos poucos momentos em que o filme consegue criar alguma tensão, com uma dose de violência e sangue que destoa do ritmo morno do restante do filme. Como fã do cinema de Lucio Fulci, também fiquei feliz em poder matar saudades da atriz Cinzia Monreale (Terror nas Trevas), que surge no papel de uma médium. Mas, no geral, minha experiência com Dark Signal não foi das melhores.

Nota: 3.5/10

Título original: Dark Signal.
Gênero: Mistério, suspense, terror.
Produção: 2016.
Lançamento: 2016.
Pais: Reino Unido.
Duração: 98 minutos.
Roteiro: Antony Jones e Edward Evers-Swindell.
Direção: Edward Evers-Swindell.
Elenco: Siwan Morris, Gareth David-Lloyd, Joanna Ignaczewska, Duncan Pow, Cinzia Monreale, Eleanor Gecks, James Cosmo, Sioned Jones, Kai Coleman, Amelie Leroy, Jennifer Moylan-Taylor, Malcolm Raeburn, Genna Loskutnikov, Luing Andrews, Douglas Durdle, Robert Taylor, Karen Bird.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

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