Crítica | Floresta Maldita (The Forest, 2016)

Natalie Dormer interpreta turista americana à procura da irmã desaparecida em 'Floresta Maldita', o filme de estreia do diretor Jason Zada


Imagem do filme 'Floresta Maldita', de Jason Zada. Foto: ©Splendid / Tobis
Imagem do filme 'Floresta Maldita', de Jason Zada. Foto: ©Splendid / Tobis


Longa-metragem de estreia do diretor Jason Zada, Floresta Maldita gira em torno de Sara (Natalie Dormer, da série Game of Thrones), uma jovem americana que viaja para o Japão em busca de pistas sobre o paradeiro de sua irmã gêmea, que desapareceu misteriosamente.

Sara descobre que a irmã tinha um interesse especial em Aokigahara, uma floresta de 35 quilômetros quadrados situada na base noroeste do Monte Fuji, conhecida por ser um lugar comum de suicídios. Como curiosidade, quando a personagem de Dormer está navegando pela primeira vez em busca de informações sobre a floresta de Aokigahara, as fotos em sua tela são reais, tiradas de equipes de recuperação reais que examinam a floresta anualmente.

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Acompanhada do jornalista Aiden (Taylor Kinney, de A Hora Mais Escura) e do guia Michi (Yukiyoshi Ozawa, de Depois da Tempestade), Sarah decide entrar na floresta. No entanto, logo ela se vê perdida e confrontada por forças sobrenaturais que a levam à beira da loucura.

Natalie Dormer como Sara no filme 'Floresta Maldita', de Jason Zada. Foto: ©Splendid / Tobis
Natalie Dormer como Sara no filme 'Floresta Maldita', de Jason Zada. Foto: ©Splendid / Tobis


Como o governo japonês não permitiu que os cineastas filmassem na verdadeira floresta de Aokigahara, o filme foi rodado na Floresta Nacional de Tara, da Sérvia. Ainda assim, os realizadores conseguem estabelecer um tom sombrio e opressivo, criado através da cinematografia e do design de produção detalhado, que transporta o espectador para o ambiente. A trilha sonora intensifica ainda mais a atmosfera sinistra, criando uma sensação de inquietude e tensão.

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Natalie Dormer oferece uma atuação forte como Sara, transmitindo a angústia e a confusão de sua personagem de forma crível. A química entre ela e Taylor Kinney funciona relativamente bem. Já o desenvolvimento de personagens secundários e a resolução do enredo deixam bastante a desejar. Além disso, algumas das escolhas de roteiro são previsíveis e clichês, diminuindo a originalidade da história.

A atriz Natalie Dormer como Sara no filme 'Floresta Maldita', de Jason Zada. Foto: ©Splendid / Tobis
A atriz Natalie Dormer como Sara no filme 'Floresta Maldita', de Jason Zada. Foto: ©Splendid / Tobis


Esses problemas poderiam talvez pudessem ser amenizados se o filme tivesse um ritmo mais fluído. Ou talvez se o diretor se concentrasse em criar boas cenas de suspense e momentos assustadores. Infelizmente, não acontece nem numa coisa e nem outra, e a decisão de recorrer a efeitos digitais em algumas cenas de terror, só piora as coisas.

Como se não bastasse, o roteiro de Ben Ketai, Sarah Cornwell e Nick Antosca praticamente deixa de lado a história da Floresta dos Suicídios para focar no drama arrastado e desinteressante dos personagens. Os poucos bons momentos acabam sendo as cenas onde Sara e seus companheiros encontram moradores que fornecem informações e avisam sobre os perigos da floresta. Isso me fez penar que o filme provavelmente seria bem melhor se fosse um documentário.

Nota: 3.5/10

Título original: The Forest.
Gênero: Terror.
Produção: 2016.
Lançamento: 2016.
Pais: Estados Unidos.
Duração: 1 h 33 min.
Roteiro: Nick Antosca, Sarah Cornwell e Ben Ketai
Direção: Jason Zada.
Elenco: Natalie Dormer, Eoin Macken, Stephanie Vogt, Osamu Tanpopo, Yasuo Tobishima, Eoin Macken, Ibuki Kaneda, Akiko Iwase, Kikuo Ichikawa, Noriko Sakura.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

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