Crítica | O Despertar das Sombras (Awaken the Shadowman, 2017)

James Zimbardi e Emily Somers interpretam um casal arrastado para o centro de uma trama sobrenatural no filme de estreia do diretor J.S. Wilson.


Imagem do filme 'O Despertar das Sombras', de J.S. Wilson
Imagem do filme 'O Despertar das Sombras', de J.S. Wilson


O Despertar das Sombras é um filme de terror sobre um casal que tenta encontrar uma mulher desaparecida enquanto lida com pessoas estranhas e uma entidade sobrenatural maligna. O longa-metragem, estrelado por James Zimbardi (Desejo Macabro) e Emily Somers (Um Bom Partido), marca a estreia na direção de J.S. Wilson — na verdade, um pseudônimo dos três roteiristas, James Zimbardi, Skyler Caleb e Woodrow Wilson Hancock III.

O filme começa com uma jovem carregando um bebê, correndo desesperada por corredores escuros na Connecticut de 1964. Ela acaba cercada por alguns homens com cara de poucos amigos, mas só teremos uma ideia de seu destino no final do filme. Enquanto isso, passaremos um tempo na companhia dos protagonistas, o casal Adam (Zimbardi) e Beth (Somers), que vêm enfrentando dificuldades financeiras após o nascimento de sua filha, Emma.


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Após receber uma ligação informando que sua mãe está desaparecida há vários dias, Adam viaja com a família para uma região vinícola de Orcutt, onde se reúne com o irmão, Jake (Skyler Caleb, de Scarecrow), e sua deslumbrante esposa Christy (Andrea Hunt, da série De Repente, Vovô). Eles também encontram um grupo de apoio que parece um culto. E, claro, encontram o Shadowman, uma presença sombria que parece muito interessada em sua bebê.

Imagem do filme 'O Despertar das Sombras', de J.S. Wilson, mostrando os atores James Zimbardi e Emily Somers como Adam e Beth
James Zimbardi e Emily Somers como Adam e Beth no filme 'O Despertar das Sombras', de J.S. Wilson


Como todo filme de terror de desenvolvimento lento, o maior desafio de O Despertar das Sombras reside na criação de personagens envolventes e situações intrigantes que não deixem o espectador dormir durante a jornada. Infelizmente, a película enfrenta dificuldades nesse aspecto, e o tédio persiste quase em tempo integral. A trilha sonora bem que se esforça para criar tensão do nada, mas a tentativa constante de dar a situações cotidianas mais importância do que realmente têm se torna quase cômica.


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O roteiro investe em alguns conflitos familiares, com Beth se sentindo irremediavelmente atraída pela vida materialmente confortável que todos parecem desfrutar. Há também alguns mistérios, como salas cheias de bonecas antigas e muitos moradores suspeitos. A identidade dos verdadeiros vilões fica rapidamente óbvia para todos. Menos para Adam, que passa o filme inteiro tentando solucionar o mistério do desaparecimento da mãe e não descobre absolutamente nada até que seja tarde demais.

Imagem do filme 'O Despertar das Sombras', de J.S. Wilson, mostrando a atriz Andrea Hunt como Christy
A atriz Andrea Hunt como Christy no filme 'O Despertar das Sombras', de J.S. Wilson


Enquanto as investigações trapalhonas de Adam e outras situações desinteressantes ganham destaque, subtramas como a tensão sexual que se estabelece entre Christy e Beth são introduzidas, mas nunca realmente exploradas. Isso é realmente uma pena, pois, se considerarmos que o marido de Beth já foi namorado de Christy, o filme poderia facilmente render alguns barracos familiares dignos de um programa do João Kleber, o que talvez afastasse um pouco a monotonia.

As breves aparições noturnas do Shadowman inspiram pouco medo e, ironicamente, ainda mais tédio. A criatura só ganha um ligeiro destaque nos minutos finais que, infelizmente, não oferecem a empolgação esperada para compensar a jornada.

Nota: 3.6/10

Título original: Awaken the Shadowman.
Gênero: Drama, terror.
Produção: 2017.
Lançamento: 2018.
Pais: Estados Unidos.
Duração: 90 minutos.
Roteiro: Skyler Caleb, Woodrow Wilson Hancock III e James Zimbardi.
Direção: J.S. Wilson.
Elenco: James Zimbardi, Emily Somers, Andrea Hunt, Skyler Caleb, Jean Smart, Robert R. Shafer, Raam Weinfeld, Grace Van Dien, Sophie Labelle.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

1 Comentários

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  1. Esse foi o filme mais horrível que assisti, sem sentido, pistas sem sentido, nem mostrar do como tudo começou como aquilo foi criado qual a sua Origem, que mãe em Sam consciência entrega seu bebê para um ente macabro, nem sabe do que vai ser feito com aquele bebêzinho ainda mais por dinheiro!! Que ódio! Pensei que ia ter o ator principal que é sempre o herói, mais acabei ficando com muita raiva desse final! O autor ou autora desse filme não tem coração não é! Como não iria ver que esse fim principalmente iria rolar muitos desagradou, raiva e ódio, péssimo!


    Se for fazer uma continuação pelo menos melhore mais, com fatos der mais intender e principalmente faça ter um fim feliz que é o que um bebê merece!!

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