O brinquedo assassino está de volta na nova sequência do clássico de 1988, dirigida por Don Mancini.
Imagem do filme 'O Culto de Chucky', de Don Mancini |
O novo capítulo da saga do Brinquedo Assassino dá sequência aos eventos de A Maldição de Chucky, um dos meus filmes favoritos da franquia. Ele também traz de volta uma seleção invejável de personagens conhecidos, transformando-se em uma homenagem a praticamente todos os sete filmes que vieram antes. Para começar, temos o retorno de Andy Barclay (Alex Vincent), o menino do filme original que descobriu que seu inocente boneco Good Guy estava possuído pela alma de um assassino. Agora adulto, Andy tenta levar uma vida normal enquanto lida com demônios, interiores e exteriores.
Enquanto isso, Nica Pierce (Fiona Dourif) está confinada a um hospital psiquiátrico, tentando se recuperar dos eventos traumáticos que passou em A Maldição de Chucky. Fiona inclusive já está erroneamente convencida de que foi ela própria, e não Chucky, quem assassinou sua família. Uma série de reviravoltas irá unir as histórias de Fiona e Andy, trazendo o boneco de volta de uma maneira que ninguém esperava. Ou quase ninguém, já que a cena final de A Maldição de Chucky apontava para esse caminho.
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O Culto de Chucky foi escrito e dirigido por Don Mancini, roteirista de todos os filmes da franquia e diretor dos dois mais recentes. Seu trabalho une um pouco do humor negro de A Noiva de Chucky com o clima sombrio que havia adotado em A Maldição de Chucky. Mancini demora bastante para chegar onde precisa, e acredito que o filme se beneficiaria com um primeiro ato menos confuso. Mas o que começa como uma narrativa centrada na loucura e na desconstrução da realidade ganha ritmo e evolui para um jogo de espelhos sombrios.
Fiona Dourif como Nica Pierce no filme 'O Culto de Chucky', de Don Mancini |
Os efeitos práticos deixam um pouco a desejar, principalmente em relação às expressões faciais e aos movimentos de Chucky, que, ao contrário do filme anterior, parece meio travado. Seus ataques, porém, rendem cenas divertidas e sangrentas, mantendo o espectador em constante estado de alerta. A cinematografia, por sua vez, explora os limites do espaço fechado do hospital, transformando corredores estreitos em corredores de pesadelo.
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Fiona Dourif canaliza bem a vulnerabilidade de sua personagem, enquanto também incorpora a resiliência necessária para enfrentar as ameaças sobrenaturais que a cercam. Alex Vincent está presente em alguns dos momentos mais sombrios do filme. O retorno de Brad Dourif como a voz sinistra de Chucky é um deleite para os fãs de longa data. E você pode esperar por algumas participações especiais, como Jennifer Tilly reprisando seu papel de Tiffany Valentine, a noiva de Chucky.
Imagem do filme 'O Culto de Chucky', de Don Mancini |
O Culto de Chucky tem alguns momentos divertidos, entrega gore e acrescenta novas ideias à franquia, abrindo um enorme leque para continuações. O filme sofre com alguns problemas na produção, confunde o público mais do que o necessário e apresenta algumas mudanças radicais, que vão dividir as opiniões dos fãs. Confesso que não gostei do rumo que a história tomou, mas estaria mentindo se dissesse que não fiquei curioso por uma nova sequência.
Nota: 5.3/10
Título original: Cult of Chucky.
Gênero: Terror.
Produção: 2017.
Lançamento: 2017.
Pais: Estados Unidos.
Duração: 91 minutos.
Roteiro: Don Mancini.
Direção: Don Mancini.
Elenco: Fiona Dourif, Allison Dawn Doiron, Alex Vincent, Brad Dourif, Michael Therriault, Jennifer Tilly, Marina Stephenson Kerr, Adam Hurtig, Grace Lynn Kung, Elisabeth Rosen.
Só do boneco não estar a maior parte do tempo em CGI como o o anterior foi ótimo
ResponderExcluirNão gostei, é fraco!
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