Martin Dingle Wall interpreta alcoólatra que vira alvo de uma caçada humana no thriller de sobrevivência de Joe Dietsch e Louie Gibson
Mesmo quem não é fã do cinema de terror, provavelmente já teve contado com algum filme sobre caçadas humanas. O tema já serviu de base para filmes de aventura (Zaroff: O Caçador de Vidas, 1932), thrillers exploitation (La Comtesse Perverse, 1973) e espetáculos de ação (O Alvo, 1993). E agora volta a ganhar destaque em A Caça, thriller de sobrevivência dirigido em parceria por Joe Dietsch e Louie Gibson, o filho do Mel Gibson. A dupla também assina o roteiro.
Warren Novak (Martin Dingle Wall, de Terra Estranha) é um traficante alcoólatra que recebe a notícia de que sua ex-esposa faleceu no México e que ele tem uma filha que nem sabia que existia. Decidido a deixar sua vida de crimes e o vício em bebidas para trás, Warren inicia uma viagem para encontrar a menina. Só que sua jornada é interrompida quando passa por Bedford Flats, um cidadezinha cujos habitantes têm o hábito de caçar humanos por esporte.
O filme tem uma fotografia estilosa, que embora não seja o tempo todo agradável aos olhos, consegue entregar alguns momentos inspirados. A trilha sonora é um pouco irritante: o som aumenta a cada cinco minutos, tentando criar suspense em cenas onde ele claramente não existe. Já os efeitos especiais e de maquiagem cumprem seu papel de dar um impacto a mais nas várias cenas de violência espalhadas pela trama.
Não posso dizer que torci pelo protagonista. Talvez porque ele passe a primeira meia hora do filme apenas andando de um lado para o outro e virando uma garrafa de bebida atrás da outra goela abaixo. Mas é preciso dar um crédito para o roteiro, que se esforça para levantar discussões sobre problemas atuais. Tráfico de drogas, crimes violentos, vício e imigração são temas recorrentes, mesmo que abordados superficialmente.
O último ato é agitado, mas também repleto de cenas forçadas. A Caça fecha com uma situação que pode melhorar ou piorar sua experiência com o filme, dependendo de como você interpretá-la. No meu caso, infelizmente piorou.
Título Original: Happy Hunting.
Gênero: Suspense, drama, ação.
Produção: 2017.
Lançamento: 2017.
País: Estados Unidos.
Duração: 81 minutos.
Roteiro: Joe Dietsch e Louie Gibson.
Direção: Joe Dietsch e Louie Gibson.
Elenco: Martin Dingle Wall, Ken Lally, Kenny Wormald, Connor Williams, Gary Sturm, C.J. Baker, Jeremy Lawson, Michael Tipps, Liesel Hanson, Kenneth Billings, Frederick Lawrence, Chuck Ramage, Sherry Leigh, Norman De Buck, Doug Traer, Brett Wagner, Glen Caspillo, Jonathan Looper, George Almond, Burtis Cutler, Tony Ketcham, Colter Carlbom-Mann, Evette Murphy, Glen Ratcliffe, Omar Angulo, Dalit Berkowitz, Antonio Berumen, Karen Driggers, Lloyd Driggers, William German, Christina Grover, William Guirola, Armando Heredia, Ramiro Huerta, Marina Ornelas, Mario Ponce Jr., Adrian Ramon, Sara Rangel, Angeli Zaldivar.
O melhor: Visual interessante, um pouco de violência e algumas discussões sociais.
O pior: Personagens chatos, trilha sonora chata e terceiro ato forçado.
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