Crítica | Palhaços Infernais (ClownTown, 2016)

Palhaços assassinos perseguem casais em cidade deserta no slasher de Tom Nagel

Imagem do filme 'Palhaços Infernais'

Por Ed Walter

O diretor Tom Nagel é responsável por curtas-metragens como Relentless (2013) e The Retrieval (2014). Agora ele está estreando na direção de longas com o slasher Palhaços Infernais, produção de 2016 que somente agora está chegando ao circuíto comercial.

Brian Nagel, Lauren Compton, Andrew Staton e Katie Keene interpretam Brad, Sarah, Mike e Jill, dois casais que estão a caminho de um concerto em Columbus, Ohio. Uma série de imprevistos faz com que eles decidam tomar um atalho que os leva a uma cidadezinha abandonada. O que eles não sabem é que o lugar é dominado por um grupo de psicopatas que gostam de se vestir de palhaços. E a estadia dos jovens por lá será muito desagradável.

Imagem do filme 'Palhaços Infernais'

A sequência de abertura gera uma ligeira empolgação, talvez por seguir à risca algumas regras clássicas desse sub-gênero. Temos uma babá em apuros (Kaitlyn Sapp), duas crianças assustadoras, um certo suspense, uma cena de nudez e um assassinato. Igualzinho aos filmes slashers antigos. Já o que vem depois disso não empolga muito. O roteiro nos enrola bastante. E quando os tão aguardados palhaços internais decidem aparecem, eles não convencem.

Consegui imaginar pelo menos 10 formas de escapar do primeiro ataque. A mais óbvia e simples delas seria partir para cima dos meliantes e enchê-los de bordoadas, já que a princípio é um grupo de seis pessoas contra apenas dois assassinos. E não, não são inimigos sobrenaturais. É só gente comum vestida de palhaço. Um dos caras inclusive trabalha na lanchonete da esquina. Mas ao invés de reagir, nossos heróis acham mais seguro correr, gritar, se esconder e ir morrendo um por um.

Imagem do filme 'Palhaços Infernais'

Se o filme não se levasse tão a sério, daria até para engolir essas inconsistências. Ou outras piores, como o fato de um grupinho de quatro ou cinco palhaços ter matado uma cidade inteira sem que nenhuma alma viva reagisse, chamasse a polícia ou pedisse ajuda externa. O roteiro de Jeff Miller até tenta tapar esses buracos. Mas a desculpa é tão esfarrapada que acaba piorando as coisas.

_______________

O melhor: A cena de abertura empolga.
O pior: O resto do filme não empolga.

Título original: ClownTown.
Gênero: Terror.
Produção: 2016.
Lançamento: 2018.
Pais: Estados Unidos.
Duração: 86 minutos.
Roteiro: Jeff Miller.
Direção: Tom Nagel.
Elenco: Brian Nagel, Lauren Compton, Katie Keene, Andrew Staton, Jeff Denton.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

1 Comentários

Antes de serem publicados, os comentários serão revisados.

  1. Essa crítica agregada a do site Boca do Inferno me fez poupar, pois eu iria comprar o DVD, que por sinal, não está barato.

    ResponderExcluir
Postagem Anterior Próxima Postagem