Por: Ed Walter
Alice (Maggie Q) é uma médica especializada no tratamento de distúrbios do sono que começa a tratar de uma família vítima de constantes episódios de sonambulismo. Eventos assustadores abalam sua lógica científica, e a levam a cogitar a possibilidade de que a família esteja sendo atormentada por uma entidade sobrenatural.
O filme marca a estréia em longas de Jonathan Hopkins, diretor de curtas como Goodbye Mr Snuggles (2006), One Man and His Dog (2010) e Minimus (2013). Aqui ele recicla alguns elementos de A Hora do Pesadelo, o Babadook e do recente Sono Mortal, mas não entrega nada que sirva como um diferencial. Tudo que é mostrado já foi visto antes, e com resultados bem melhores.
O diretor até faz um trabalho razoável no primeiro ato, apresentando bem os personagens e nos situando num universo onde explicações científicas se chocam com crenças antigas. Mas quando precisa lidar com as sequências de terror sobrenatural que a história exige, ele se mostra despreparado. O péssimo trabalho de efeitos sonoros prejudica ainda mais a experiência. Há apenas duas cenas com potencial para assustar. Mas nenhuma delas cumpre seu objetivo.
Mas não é a falta de originalidade ou os efeitos sonoros ruins que mata o filme. O maior problema é que o diretor trabalha com um roteiro preguiçoso, repleto de soluções forçadas que desrespeitam constantemente a inteligência do público. Não há naturalidade nos acontecimentos, há apenas coincidências que vão se acumulando e tirando toda a credibilidade da história.
Mas não é a falta de originalidade ou os efeitos sonoros ruins que mata o filme. O maior problema é que o diretor trabalha com um roteiro preguiçoso, repleto de soluções forçadas que desrespeitam constantemente a inteligência do público. Não há naturalidade nos acontecimentos, há apenas coincidências que vão se acumulando e tirando toda a credibilidade da história.
Maggie Q entrega uma interpretação sólida como a protagonista, mas sua personagem é desinteressante. Aliás, todos os personagens são. A família da médica não tem função nenhuma na história. O ajudante dela também não. Já o faxineiro da clínica, interpretado por Vincent Andriano, é enfiado descaradamente na história, em mais uma das irritantes conveniências do roteiro.
A mesma coisa pode ser dita de seu avô, interpretado por Sylvester McCoy, que aparece do nada com uma solução milagrosa para todos os problemas. O personagem de McCoy, aliás, é tão caricato que ele sozinho consegue destruir metade do filme. Para completar, temos um final ridículo, quando o diretor resolve mostrar mais do que deveria. É quando a falta de orçamento fica visível. E o que já estava ruim, vai de vez para o fundo do poço.
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Título Original: Slumber.
País: EUA.
Ano: 2017.
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Título Original: Slumber.
País: EUA.
Ano: 2017.
Direção: Jonathan Hopkins.
Roteiro: Richard Hobley e Jonathan Hopkins.
Roteiro: Richard Hobley e Jonathan Hopkins.
Elenco: Maggie Q, Honor Kneafsey, Sylvester McCoy, Will Kemp, Kristen Bush, William Hope.
Veja o trailer de "Pesadelos Mortais"
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