Crítica | The Doll (2017)

Boneca humana maligna aterroriza jovens no slasher sobrenatural 'The Doll', da diretora e roteirista Susannah O’Brien


A atriz Valeria Lukyanova como Natasha em arte do filme 'The Doll', de Susannah O'Brien
A atriz Valeria Lukyanova como Natasha em arte do filme 'The Doll', de Susannah O'Brien


The Doll é um filme de terror involuntariamente cômico sobre três jovens aterrorizados por uma boneca humana. É o novo trabalho da roteirista, diretora e produtora Susannah O’Brien, realizadora de American Poltergeist: Possuídos. O filme tem como destaque a atriz e modelo ucraniana Valeria Lukyanova, sensação na internet por sua semelhança com a boneca Barbie.

The Doll acompanha Andy (Anthony Del Negro, de Desaparecidas) e Chris (Christopher Lenk, de Deixe a Luz Acesa), dois melhores amigos que dividem a mesma casa. Andy é sossegado e apaixonado pela namorada, Shannon (Isabella Racco, de Bride+1). Chris é agitado e gosta de fazer festas com moças mais agitadas do que ele. Uma dessas festas vai um pouco longe demais. O namoro entre Andy e Shannon vai por água abaixo.

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Para reconquistar a moça, nosso herói apaixonado bola um plano infalível, que basicamente consiste em recorrer a um site de acompanhantes e contratar os serviços de uma modelo, Natasha (Lukyanova), para passear com ela e provocar ciúmes na ex. O que Andy não imagina é que Natasha é, na verdade, uma boneca humana maligna criada por um cientista louco com conhecimentos de magia negra, e sua missão é possuir as almas de pessoas desavisadas. Ou algo parecido.

Valeria Lukyanova e Anthony Del Negro como Natasha e Andy no filme 'The Doll', de Susannah O'Brien
Valeria Lukyanova e Anthony Del Negro como Natasha e Andy no filme 'The Doll', de Susannah O'Brien


Ok, a premissa não faz sentido. Mas tudo bem, porque o resto do filme também não faz. Se Shannon rompeu o namoro por ciúmes, o que fez o rapaz pensar que provocar mais ciúmes resolveria a situação? Se a intenção era ser visto com Natasha, por que ele a escondeu no sótão? Qual é exatamente o plano do cientista? E por que a diretora insiste em ficar filmando aquela escada?

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Enquanto as situações sem pé nem cabeça vão se acumulando, os personagens ficam andando pela casa, conversando sem parar. Quanto a Natasha, ela passa o tempo olhando fixamente para a câmera, se balançando em uma cadeira de balanço, e desenhando pentagramas para... bem, eu não sei. Ela também fica batendo a cabeça contra paredes, janelas, etc. E nem me pergunte o motivo, porque eu também não sei.

Valeria Lukyanova como Natasha no filme 'The Doll', de Susannah O'Brien
Valeria Lukyanova como Natasha no filme 'The Doll', de Susannah O'Brien


Ocasionalmente a diretora lembra que The Doll deveria ser um slasher sobrenatural, e mostra a boneca humana atacando pessoas desavisadas que aparecem na casa. Incluindo o ator de filmes adultos Ron Jeremy, que faz uma participação especial hilária. Aliás, não levar nada a sério e entrar no clima da tosquice generalizada é uma boa maneira de se divertir aqui. Confesso que funcionou comigo, pois tive crises de risos tanto com as caras e bocas do protagonista, quanto com as trapalhadas de sua namorada.

Ser cômico pelos motivos errados faz de The Doll um bom filme? Bem, não. Mas pelo menos não dá para dizer que é uma perda de tempo total.

Nota: 3/10

Título Original: The Doll.
Gênero: Terror.
Produção: 2017.
Lançamento: 2017.
País: Estados Unidos da América.
Duração: 1 h 21 min.
Roteiro: Susannah O'Brien.
Direção: Susannah O'Brien.
Elenco: Valeria Lukyanova, Anthony Del Negro, Isabella Racco, Christopher Lenk, Ron Jeremy, Lilian Lev, Don Scribner, Shelley Jane.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

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