Crítica | Crazy Lake (2017)

Festa em casa no lago vira banho de sangue no slasher dos diretores Christopher Leto e Jason Henne

Imagem do filme 'Crazy Lake'

Por Ed Walter

O slasher com toques de humor-negro Crazy Lake acompanha sete jovens que decidem passar o final de semana em uma casa em um lago remoto. Depois de uma noite de bebedeira, eles começam a ser caçados por uma figura mascarada que quer matar um por um.

Sim, nós já vimos essa história antes. E a intenção dos diretores Christopher Leto e Jason Henne, que também assina o roteiro, é justamente a de homenagear o cinema slasher dos anos 80. Os clichês estão por toda parte. O lago próximo da cabana tem uma história sinistra. As vítimas sempre tropeçam quando fogem do assassino. Personagens se separam sempre que possível. Só faltou uma paradinha em um posto de gasolina para pedir informações. Mas aí já seria pedir demais.

Imagem do filme 'Crazy Lake'

Os 40 minutos iniciais se resumem a conversas inúteis, brincadeiras, partidas de strip poker e festas. Muitas festas. Rapazes de sunga e garotas de biquíni não param de dançar, enquanto a câmera procura os ângulos mais indiscretos e registra tudo em câmera lenta. Ah, e os diretores também não economizam nas cenas de nudez e sexo, que estão espalhadas por todo o filme.

Apesar dessas distrações muito bem-vindas em qualquer filme slasher, a (falta de) história já estava me incomodando. Mas então o filme começa a intercalar os momentos de festa com cenas que mostram turistas passeando pela floresta e tendo encontros casuais com o assassino mascarado. Tudo é muito tosco. Mas eu acabei sendo fisgado pelo humor involuntário. Quando a contagem de corpos começou a aumentar, percebi que estava me divertindo com tudo aquilo.

Imagem do filme 'Crazy Lake'

Na metade final, os personagens ganham pequenas sub-tramas. A princípio rasos e antipáticos, eles também começaram a ganhar minha atenção até chegar ao ponto em que eu estava me importando e torcendo por todos eles. Duas personagens merecem destaque: Libby Blanton, que interpreta a complicada Megan; e Diana Riley, que faz a nerd comportadinha Kristen. Elas entregam cenas hilárias quando estão juntas. E também têm os momentos mais engraçados do filme ao lado dos outros personagens.

Nos minutos finais há algumas reviravoltas. O cenário ganha um tom exagerado, com direito a muita névoa falsa. E não falta o tão aguardado momento em que a final girl enfrenta o vilão à luz do luar. Sim, Crazy Lake é um filme muito tosco. Mas eu me diverti bastante. Guilty pleasure.

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O melhor: A metade final é tosca e divertida.
O pior: A metade inicial é apenas tosca.
O cinema slasher precisa: De mais batalhas finais à luz do luar.

Título original: Crazy Lake.
Gênero: Terror, comédia.
Produção: 2016.
Lançamento: 2017.
País: Estados Unidos.
Duração: 80 minutos.
Roteiro: Jason Henne.
Direção: Jason Henne e Christopher Leto. Roteiro:  Jason Henne.
Elenco: Diana Riley, Libby Blanton, Rob Mello, Skyler Joy, Marco DelVecchio, Michael Ray Davis, Jason Henne, Ashley Nicole Allen, Leyla Lawrence, Tom Latimer, Allis Bodziak, Keily Fernandez, Matthew Valena, Graham Hunt, Marvin Laviolette, Caulin Donaldson.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

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