Crítica | 60 Minutos Para Morrer (Escape Room, 2017)

Grupo de amigos fica preso em sala repleta de armadilhas mortais em '60 Minutos Para Morrer', do diretor Will Wernick

A atriz Elisabeth Hower como Christen no filme '60 Minutos Para Morrer', de Will Wernick

Escape room é um jogo imersivo onde os participantes são confinados em uma sala temática e precisam solucionar uma série de enigmas para conseguir sair de lá em um determinado tempo. Essa brincadeira curiosa está fazendo sucesso mundo afora, e é claro que os diretores e roteirista não poderiam deixar de fazer filmes de terror sobre o assunto. Somente em 2017, tivemos dois, com o mesmo título original. 60 Minutos Para Morrer, do diretor Will Wernick, é um deles.

O filme segue um grupo de jovens bem sucedidos de 20 e poucos anos que se reúne em um restaurante chique de Los Angeles para comemorar o aniversário do amigo Tyler (Evan Williams, de Ondas da Vida). Sua namorada, Christen (Elisabeth Hower, de Uma Dupla Genial), resolve animar um pouco a festa e leva todo mundo para participar de uma dessas escape rooms. No começo tudo é diversão. Mas a coisa fica sombria quando eles descobrem que as armadilhas da tal sala são muito reais, e todo mundo vai morrer se não conseguir fugir de lá a tempo.

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60 Minutos Para Morrer apresenta um prólogo sem conexão com a história principal, que parece ter saído de um filme qualquer da franquia Jogos Mortais. É algo familiar, mas interessante. Diferente dos próximos 40 minutos, onde a história praticamente se arrasta com diálogos enfadonhos no carro, no restaurante, na limusine e nas próprias salas temáticas onde estaremos confinados com os personagens pelo resto do filme.

Evan Williams, Dan J. Johnson e Annabelle Stephenson como Tyler, Anderson e Natasha no filme '60 Minutos Para Morrer', de Will Wernick

As armadilhas espalhadas pelas salas são relativamente bem elaboradas. Os enigmas também. O roteiro co-escrito pelo próprio Wernick em parceria com Noah Dorsey, cuida para que os personagens ora matem as charadas com uma precisão invejável, ora tomem decisões idiotas que levam a mortes horríveis. Ou melhor, uma morte horrível, pois o resto das cenas não causa tanto impacto. Mas pelo menos o que é mostrado é bem feitinho, e tem uma boa chance de agradar os fãs de filmes B à moda antiga.

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Também é possível que você encontre uma ligeira diversão tentando descobrir o que está acontecendo. O roteiro se esforça para nos confundir, destacando as relações disfuncionais entre os personagens. Uma das amigas deixa o grupo antes de chegarem à escape room, e comecei a me questionar se talvez ala tivesse algo a ver com os eventos sinistros. Outra é separada do grupo e mantida presa em uma jaula, e comecei a desconfiar dela também.

Evan Williams e Annabelle Stephenson como Tyler e Natasha no filme '60 Minutos Para Morrer', de Will Wernick

Essas dúvidas me mantiveram interessado na história por algum tempo. Mas cedo ou tarde, a lentidão e a ausência de recompensas pelo tempo investido começa a pesar. Parei de me importar com as respostas e com os personagens desagradáveis. O fato do vilão se revelar nos minutos finais, e suas motivações não terem pé nem cabeça, não ajudou a me trazer de volta.

Nota: 4.2/10

Título Original: Escape Room.

Gênero: Suspense, Terror.

País: Estados Unidos.

Produção: 2017.

Lançamento: 2017.

Duração: 1h 21m.

Direção: Will Wernick.

Roteiro: Noah Dorsey e Will Wernick.

Elenco: Evan Williams, Annabelle Stephenson, Elisabeth Hower, Dan J. Johnson, John Ierardi, Kelly Delson, Iris Avalee, Darrel Cherney, Cathy Diane Tomlin, Cali Fredrichs, Lance Caraway, David Hill.