Crítica | Tempos Obscuros (Super Dark Times, 2017)

Owen Campbell e Charlie Tahan interpretam adolescentes que precisam lidar com as consequências de uma tragédia no suspense do diretor Kevin Phillips


O ator Charlie Tahan em imagem do filme 'Tempos Obscuros', de Kevin Phillips


Tempos Obscuros é um filme de suspense sobre um grupo de amigos que descobre que a culpa pode ferir tanto quanto a lâmina de uma espada. É o primeiro longa-metragem do diretor Kevin Phillips, responsável pelo curta Too Cool for School (2015). Ben Collins e Luke Piotrowski assinam o roteiro do filme, ambientado em uma pequena cidade na Nova Inglaterra.

O ano é 1995, época em que likes, shares e retweets ainda não faziam parte do cotidiano da molecada. Talvez seja por isso que o protagonista Zach (Owen Campbell, da série The Americans) e seu amigo Josh (Charlie Tahan, da série Wayward Pines) tenham tempo de sobra para andar de bicicleta, passear no parque e se reunir em casa para falar sobre suas conquistas amorosas imaginárias.

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Zach e Josh são melhores amigos desde que eram crianças. O fato dos dois terem uma queda pela mesma garota, Allison (Elizabeth Cappuccino, da série Jessica Jones) não atrapalha a amizade. Mas quando uma brincadeira termina de maneira horrível, suas vidas mudam para sempre.

Elizabeth Cappuccino e Owen Campbell em imagem do filme 'Tempos Obscuros', de Kevin Phillips


Tempos Obscuros começa com uma cena impressionante que estabelece o clima sombrio e opressor que estará presente no resto filme. Você provavelmente vai perceber ecos de Juventude Assassina e Conta Comigo, e talvez até sinta um gostinho de Donnie Darko quando o filme acabar. Mas a direção de Phillips é segura, e garante que a obra tenha sua própria identidade.

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O mais interessante em Tempos Obscuros não é o que acontece, mas como acontece e como cada personagem lida com as consequências emocionais que o evento traz. Alguns enfrentam o problema de maneira silenciosa. Outros adotam comportamentos alarmantes. Independentemente da situação, o jovem elenco faz um trabalho fenomenal.

A atriz Elizabeth Cappuccino em imagem do filme 'Tempos Obscuros', de Kevin Phillips


O suspense reina no segundo ato. O terceiro nos brinda com uma quantidade generosa de cenas de violência. A última cena abre espaço para que o espectador questione tudo que viu. E eu confesso que me senti tentado a assistir o filme novamente, apenas para pescar detalhes que haviam passado despercebidos.

O ritmo lento adotado pelo diretor pode se tornar uma barreira para parte do público. Mas se você tiver um pouco de paciência, há uma boa chance de que se surpreenda com Tempos Obscuros.

Título Original: Super Dark Times.
Gênero: Suspense.
Produção: 2017.
Lançamento: 2017.
País: Estados Unidos.
Duração: 100 minutos.
Roteiro: William Goldman.
Direção: Kevin Phillips.
Elenco: Owen Campbell, Charlie Tahan, Elizabeth Cappuccino, Amy Hargreaves, Max Talisman, Sawyer Barth, Adea Lennox, Ethan Botwick, Philip H. Ashley, Anni Krueger, Justin Rose, Kortnee Simmons, Samantha Jones, Hayden Oliver, Dario Saraceno.

O melhor: É um filme sombrio que esconde mais segredos do que o público imagina.
O pior: Os dois primeiros atos são bem lentos, o que pode desagradar parte do público.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

1 Comentários

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  1. Cara vi o filme e nao achei nada disso.Filme fraco nao percam tempo vendo esse lixo.Final obvio,cenas de violencia cortadas,um ze ruela larga a bicicleta e corre estilo Bolt💩😂😂

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