Depois do desaparecimento de um amigo, o adolescente Charley Brewster (Anton Yelchin, de Thoroughbreds) faz uma terrível descoberta: há um vampiro à solta na cidade, e ele é seu vizinho. A descoberta coloca em risco não apenas ele mas também sua namorada Amy (Imogen Poots, de Sala Verde) e sua mãe Jane (Toni Collette, de Hereditary). Para sobreviver, Charley fará uma aliança improvável com Peter Vincent (David Tennant, de Jessica Jones), um ilusionista de Las Vegas que alega ser um grande matador de vampiros.
O filme é o remake do clássico dirigido por Tom Holland em 1985 e isso, é claro, acaba se tornando um problema. O clássico de Tom Holland tinha como inspiração os filmes de terror gótico dos anos 70 da produtora Hammer. Agora as inspirações parecem ser as séries teens da CW e filmes de ação como a saga Underworld e Van Helsing. Não existe mais o cuidado de se criar uma atmosfera sombria, tudo é apressado e sem clima. A revelação sobre o vampiro, inclusive, acontece nos primeiros minutos do filme, e não causa o menor impacto.
O filme é o remake do clássico dirigido por Tom Holland em 1985 e isso, é claro, acaba se tornando um problema. O clássico de Tom Holland tinha como inspiração os filmes de terror gótico dos anos 70 da produtora Hammer. Agora as inspirações parecem ser as séries teens da CW e filmes de ação como a saga Underworld e Van Helsing. Não existe mais o cuidado de se criar uma atmosfera sombria, tudo é apressado e sem clima. A revelação sobre o vampiro, inclusive, acontece nos primeiros minutos do filme, e não causa o menor impacto.
Anton Yelchin e Imogen Poots estão bem no papel de Charley e sua namorada Amy. Mas o roteiro não colabora com eles, criando situações bobas que só atrapalham a história. Não há carisma, e acabamos não nos importando com nenhum dos dois. Colin Farrell tenta deixar sua marca no papel do vampiro Jerry Dandridge, mas é uma tarefa ingrata. O personagem ficou marcado pela atuação do ótimo Chris Sarandon e é difícil aceitar outro ator no papel. Quem tem mais sorte é Toni Collette no papel da mãe de Charley, Jane Brewster. Ela ganha um certo destaque no remake, embora no final das contas sua participação não leve a lugar nenhum.
Os personagens mais prejudicados são Evil Ed e Peter Vincent. O primeiro, que protagonizava algumas das cenas mais assustadoras e engraçadas do filme original, aqui é retratado pelo ator Christopher Mintz-Plasse como um moleque chato que nos irrita a cada cena em que aparece. Depois que ele vira vampiro, fica simplesmente ridículo. A cena em que ele é enviado para matar os protagonistas é tão forçada e cheia de conveniências que se torna o pior momento do filme.
Os personagens mais prejudicados são Evil Ed e Peter Vincent. O primeiro, que protagonizava algumas das cenas mais assustadoras e engraçadas do filme original, aqui é retratado pelo ator Christopher Mintz-Plasse como um moleque chato que nos irrita a cada cena em que aparece. Depois que ele vira vampiro, fica simplesmente ridículo. A cena em que ele é enviado para matar os protagonistas é tão forçada e cheia de conveniências que se torna o pior momento do filme.
Já o matador de vampiros Peter Vincent, interpretado com elegância teatral pelo excelente Roddy McDowall no original, aqui vira um pinguço arrogante e desagradável, que não faz diferença nenhuma na história. Sou fã do ator David Tennant, e até acho que ele cumpriu bem papel de criar um personagem detestável. Mas, definitivamente, aquele não é Peter Vincent.
Para completar, o diretor Craig Gillespie nos entrega cenas poluídas com efeitos especiais digitais, o que torna tudo artificial. Meu Deus do céu, o filme é tão preguiçoso que até a maquiagem dos vampiros é feita em CGI. A tosquice atinge graus insuportáveis no final, que nunca decide se quer ser um filme de terror ou de ação. Na dúvida, o diretor entope a tela com mais efeitos especiais lambões e o resultado é lamentável.
Para completar, o diretor Craig Gillespie nos entrega cenas poluídas com efeitos especiais digitais, o que torna tudo artificial. Meu Deus do céu, o filme é tão preguiçoso que até a maquiagem dos vampiros é feita em CGI. A tosquice atinge graus insuportáveis no final, que nunca decide se quer ser um filme de terror ou de ação. Na dúvida, o diretor entope a tela com mais efeitos especiais lambões e o resultado é lamentável.
Mas o remake de A Hora do Espanto também não chega a ser um filme desastroso. O roteiro de Marti Noxon é ousado e faz mudanças significativas na premissa, o que garante algumas surpresas interessantes na primeira hora. Há algumas sequências bem filmadas, como a perseguição no deserto (que conta com a participação especial de Chris Sarandon) ou quando Charley tenta ajudar uma vizinha presa na casa do vampiro. Essa cena é particularmente tensa, o diretor trabalha bem com os detalhes do ambiente e sua conclusão é realmente inesperada.
Quem não conhece o original pode até encontrar momentos razoavelmente divertidos aqui. Já para os fãs do clássico de Tom Holland, infelizmente a decepção aguarda de braços abertos.
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Título Original: Fright Night.
Quem não conhece o original pode até encontrar momentos razoavelmente divertidos aqui. Já para os fãs do clássico de Tom Holland, infelizmente a decepção aguarda de braços abertos.
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Título Original: Fright Night.
Gênero: Terror.
País: Estados Unidos.
Lançamento: 2011.
Duração: 106 minutos.
Lançamento: 2011.
Duração: 106 minutos.
Direção: Craig Gillespie.
Roteiro: Marti Noxon.
Roteiro: Marti Noxon.
Elenco: Anton Yelchin, Colin Farrell, David Tennant, Imogen Poots, Toni Collette, Christopher Mintz-Plasse.
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Criticas
Infelizmente disse tudo. Tinham um material riquíssimo nas mãos. Poderiam ter aproveitado a tecnologia atual e feito um filme sombrio, assustador e fiel ao original. Arrumando uma ponta solta aqui outra ali, teriam feito um filme sensacional e honrado as origens. Mas, infelizmente, jogaram fora uma oportunidade de ouro com esse filme tosco e que não deveria levar o nome de a hora do espanto, e sim a hora da decepção
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