Crítica | Stephanie (2018)

Shree Crooks, Anna Torv e Frank Grillo estrelam o terror sci-fi do diretor Akiva Goldsman

imagem-do-filme-stephanie-01

Akiva Goldsman é conhecido por dirigir o filme Um Conto do Destino e também alguns episódios de séries como Fronteiras e Star Trek: Discovery. Agora ele se junta aos roteiristas Ben Collins e Luke Piotrowski para nos entregar Stephanie, um curioso terror sci-fi produzido pela Blumhouse, a mesma produtora de Corra!, Sobrenatural e Fragmentado.

A garotinha Shree Crooks (American Horror Story) interpreta a personagem que dá título. Passamos a primeira meia hora com ela. Não sabemos porque ela está sozinha em casa, mas aos poucos vão surgindo indícios de que a menina foi abandonada pela família há um bom tempo. O retorno de seus pais acrescenta novos mistérios à trama. E também faz com que ela se torne cada vez mais bizarra.

$ads={1}

Stephanie surpreende por sua premissa, que carrega fortes influências de Além de Imaginação. O primeiro ato é muito bom. Goldsman usa recursos simples para que o público simpatize com a menina, ao mesmo tempo em que cria tensão com as inúmeras possibilidades trágicas que aquela situação incomum representa. E a atmosfera surreal combina perfeitamente com os mistérios que vão sendo apresentados aos poucos.

imagem-do-filme-stephanie-02

Crooks carrega sozinha boa parte do filme, não se intimida na presença do elenco adulto e chega a roubar a cena em vários momentos. Frank Grillo e Anna Torv estão contidos como os pais de Stephanie. A princípio suas ações até soam um pouco estranhas. Mas no final, quando temos um panorama geral dos motivos por trás de tudo que acabamos de ver, elas passam a fazer sentido.

A história se sustenta em cima de um segredo guardado a sete chaves pelo roteiro, e provavelmente esse é o maior problema do filme. O diretor demora tempo demais para entregar respostas e enquanto isso precisa se virar para manter o interesse do público em alta. Como não existe sequer uma ameaça definida, fica difícil criar tensão. E cedo ou tarde o tédio começa a pesar.

imagem-do-filme-stephanie-03

Apenas no último ato Goldsman fica livre para entregar momentos medonhos. Há bons efeitos práticos. Há efeitos digitais não tão bons assim. Mas embora muito atrasado, o roteiro cumpre sua missão de nos entregar as respostas que tanto queríamos. Stephanie tem seus problemas. Não aproveita nem metade do potencial de sua premissa. Mas pode até divertir, se você tiver paciência para esperar as peças se encaixarem.

Título Original: Stephanie.
Gênero: Terror, Ficção Científica.
Produção: 2017.
Lançamento: 2018.
País: Estados Unidos.
Duração: 86 Minutos.
Roteiro: Ben Collins e Luke Piotrowsk.
Direção:  Akiva Goldsman.
Elenco: Shree Crooks, Anna Torv, Frank Grillo.

O melhor: Ficar preocupado com Stephanie sozinha em casa e ver as respostas que chegam no último ato.
O pior: O que acontece no meio do filme é monótono.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

9 Comentários

Antes de serem publicados, os comentários serão revisados.

  1. Achei ótimo o filme, assistam eu juro que não vão se arrepender.

    ResponderExcluir
  2. Ate gostei. Mas é parado mesmo.

    ResponderExcluir
  3. Gostei demais do filme, na verdade por volta dos 40 minutos de filme eu já havia sacado bem o que estava realmente acontecendo

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Então me conte pois achei o filme péssimo! Uma história vaga, afinal o que era a menina!? Um ET!? Ficou mal explicado , se vc puder esclarecer eu agradeço!😙

      Excluir
  4. Amo filmes te terror ,mas esse filme e mto parado e sem graça ,sem sentido algum. Vago

    ResponderExcluir
  5. Ótimo filme! Só não deu para saber se seria uma invasão alienígena ou de demônios! Mas pela força da criatura e mostrado em diversas partes do globo terrestre, certamente não tem como ter uma continuação, pois é notório o fim do planeta.

    ResponderExcluir
Postagem Anterior Próxima Postagem