Crítica | Espantalhos (Scarecrows, 2017)

Fazendeiro enlouquecido transforma adolescentes em espantalhos vivos no slasher de Stuart Stone

Hannah Gordon em imagem do filme de terror 'Espantalhos', de Stuart Stone

Em 2016, Stuart Stone dirigiu The Haunted House on Kirby Road, terror sobrenatural onde um grupo de jovens passa alguns apuros em uma casa assombrada. Agora ele volta a atacar com Espantalhos, slasher que mostra outro grupo de jovens passando apuros nas mãos de um assassino em uma plantação de milho. Stone também assina o roteiro do longa, em parceria com Adam Rodness.

Os jovens em perigo são Farbsie e seu melhor amigo Ely, e suas namoradas Ash e Devon. Eles pegam a estrada para passar um final de semana romântico em um lago paradisíaco. Mas antes de chegar lá, precisam atravessar uma fazenda antiga. O que eles não sabem, mas não vão demorar para descobrir, é que o dono das terras é um fazendeiro demente que gosta de torturar quem vagueia por sua propriedade, antes de pendurá-los no campo, como espantalhos vivos.

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O filme começa com uma famosa "amostra grátis", onde uma vítima aleatória encontra um destino cruel pelas mãos do fazendeiro psicótico. Depois, se transforma em uma comédia adolescente que pode ou não ser engraçada, dependendo de sua tolerância com piadas sobre sprays de feromônios e sobre os prós e os contras da arte de nadar pelado.

Imagem do filme de terror 'Espantalhos', de Stuart Stone

Personagens tomando decisões duvidosas depois de encontrar um dedo que foi derrubado por corvos confirmam que o roteiro não faz muito sentido. E eu não posso dizer que gostei de Farbsie e Ely, interpretados por Mike Taylor (Brotherhood) e Umed Amin (Um Pequeno Favor). Eles até funcionam quando interagem em grupo. Mas quando estão sozinhos, conversam demais e se ficam chatos.

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A morena Ash é agradável. Seu sorriso constante parece bem natural, embora eu não tenha certeza se era para a personagem ser tão alegre ou se a atriz Hannah Gordon (Os segredos obscuros da minha mãe) não conseguiu segurar o riso diante de tantas situações esdrúxulas. Já a loirinha Devon (Maaor Ziv, de Crinson Noir)...bem, Devon foi minha personagem favorita. Provavelmente porque ela me lembrou da Terry (Kirsten Baker), de Sexta-Feira 13: Parte 2.

Maaor Ziv em imagem do filme de terror 'Espantalhos', de Stuart Stone

Quando o filme abraça o terror, o diretor se atrapalha tentando conciliar os dois gêneros. Às vezes Espantalho é sério demais. Às vezes é tão infantil que dá coceira. O vilão interpretado por Jason J. Thomas (série Vegas 911) não convence. Até gostei de seu visual, que parece uma mistura de Crocodilo Dundee com dançarino de cabaré. Mas o cara é tão vagaroso que acaba se tornando mais irritante do que ameaçador.

Esses detalhes atrapalham bastante a experiência. E isso é uma pena, pois o filme tem efeitos práticos simples mas eficazes, e uma idéia que, se bem trabalhada, poderia causar impacto. Para piorar, minha personagem favorita sai de cena mais cedo do que eu esperava. E o pouco de diversão que me restava foi embora com ela.

Título original: Scarecrows.
Gênero: Terror, comédia.
Produção: 2017.
Lançamento: 2020.
País: Canadá.
Duração: 88 minutos.
Roteiro: Adam Rodness e Stuart Stone.
Direção: Stuart Stone.
Elenco: Hannah Gordon, Mike Taylor, Umed Amin, Maaor Ziv, Jason J. Thomas, Derek Christoff, Andy Dynes, Austin Duffy, Sammi Barber, Meagan Pringle, Poe.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

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