Crítica | Alpha Wolf (2018)

Casper Van Dien e Jennifer Wenger têm suas férias românticas interrompidas pela chegada de lobisomem em 'Alpha Wolf', do diretor Kevin VanHook


A atriz Jennifer Wenger como Virginia no filme 'Alpha Wolf', de Kevin VanHook
A atriz Jennifer Wenger como Virginia no filme 'Alpha Wolf', de Kevin VanHook


O que há de errado com os lobisomens de hoje em dia? Basta um casal qualquer decidir passar o final de semana em uma casa isolada no meio de uma floresta qualquer, e eles logo aparecem para atrapalhar o romance. Isso aconteceu recentemente no hilário Carnivore: O Lobisomem de Londres. Agora acontece novamente em Alpha Wolf, o novo trabalho do diretor Kevin VanHook.

Esta tosqueira divertida é estrelada por Casper Van Dien (Alita: Anjo de Combate) e Jennifer Wenger (Lavantula) que, a título de curiosidade, se casaram em junho de 2018, cinco meses antes do lançamento do filme. O roteiro é assinado pelo estreante Wes C. Caefer, conhecido por seu trabalho no departamento de efeitos especiais de filmes como Maus Momentos no Hotel Royale, A Ilha Perdida e Rambo IV.

Jennifer Wenger e Casper Van Dien como Virginia e Jack no filme 'Alpha Wolf', de Kevin VanHook
Jennifer Wenger e Casper Van Dien como Virginia e Jack no filme 'Alpha Wolf', de Kevin VanHook


Alpha Wolf começa com dois caçadores em estado de alerta após ouvir um barulho suspeito na floresta. "Deve ser o vento", diz um deles. Não é o vento, e eles descobrirão isso da pior maneira possível. Corta para os protagonistas, Jack Lupo (Dien) e sua bela esposa Virginia (Wenger), que deixam para trás a agitação da cidade grande e buscam um lugar tranquilo para reacender a chama de seu relacionamento em crise. Se você não sabe porque o relacionamento deles está em crise, a cena ambientada na loja de conveniências o ajudará a entender.


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O destino do casal é uma casa afastada na floresta. Na primeira noite, eles recebem a visita de uma criatura estranha e peluda, que não apenas quebra as janelas do imóvel que não é deles, mas também dá uma bela mordida no braço de Jack. O evento trará consequências desastrosas para a vida de Virginia, fará com que os instintos animalescos de Jack venham à tona com força máxima, e mostrará que, às vezes, os cães podem ser os melhores amigos das mulheres.

Imagem do filme 'Alpha Wolf', de Kevin VanHook
Imagem do filme 'Alpha Wolf', de Kevin VanHook


Visualmente, Alpha Wolf tem seus altos e baixos. Algumas cenas são bem iluminadas, com direito a névoa para ajudar na criação do clima de terror. Outras são um pouco confusas, e às vezes é até difícil dizer se o que estamos vendo se passa durante o dia ou a noite. Há problemas com a mixagem de som e com os efeitos digitais. Já os efeitos práticos são muito bons, e me ganharam já na cena de abertura.


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As transformações do lobisomem me trouxeram lembranças da série O Incrível Hulk, estrelada por Bill Bixby e Lou Ferrigno lá nas décadas de 1970 e 1980. Mesmo flertando frequentemente com o humor involuntário e apresentando um monstro que nada mais é do que um ator vestido com uma fantasia peluda adorável, a simplicidade e o resgate dos efeitos especiais à moda antiga me divertiram bastante.

Imagem do filme 'Alpha Wolf', de Kevin VanHook
Imagem do filme 'Alpha Wolf', de Kevin VanHook


O roteiro de Wes C. Caefer tem algumas boas idéias, como o fato da mordida do lobisomem despertar a verdadeira personalidade de sua vítima, o que nem sempre resultará em um monstro. Ele também tem uma quantidade impressionante de furos que impedem que a história seja levada a sério, o que não chega a ser necessariamente ruim. Na verdade, as inconsistências e alguns diálogos sem sentido acabam garantindo risos extras.

As atuações são divertidamente desajeitadas. O personagem de Casper Van Dien não tem muita coisa para fazer além de ficar nervoso e virar monstro de vez em quando. Seus melhores momentos acabam sendo as cenas hilárias onde tenta explicar porque abandonou a esposa Virginia durante o ataque do lobisomem. Falando em Virginia, ela é uma das melhores coisas de Alpha Wolf, ainda que pelos motivos errados.

A atriz Jennifer Wenger como Virginia no filme 'Alpha Wolf', de Kevin VanHook
A atriz Jennifer Wenger como Virginia no filme 'Alpha Wolf', de Kevin VanHook


Rolei de rir com suas correrias floresta, suas tentativas de construir barricadas inúteis e sua inacreditável disposição para deixar estranhos entrarem tranquilamente em sua casa, mesmo quando estão nus. Nossa heroína desiludida mas ainda assim otimista, ainda protagoniza não apenas uma, mas duas batalhas finais contra lobisomens. Se você ama excentricidades de baixo orçamento, deveria dar uma chance a Alpha Wolf.

Nota: 5.3/10

Título original: Alpha Wolf.
Gênero: Terror.
Produção: 2018.
Lançamento: 2018.
Pais: Estados Unidos.
Duração: 85 minutos.
Roteiro: Wes C. Caefer.
Direção: Kevin VanHook.
Elenco: Jennifer Wenger, Casper Van Dien, James Preston Rogers, Robert Allen Mukes, Michael Lloyd Gilliland, Tyler Gallant, Shane P. Allen.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

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