Crítica | Sequestrando Stella (Kidnapping Stella, 2019)

Clemens Schick e Max von der Groeben sequestram Jella Haase no suspense do diretor e co-roteirista Thomas Sieben

Jella Haase em imagem do filme 'Sequestrando Stella', de Thomas Sieben

Por Ed Walter

O suspense Sequestrando Stella é o terceiro filme do diretor alemão Thomas Sieben, que antes havia realizado o drama Distanz (2009) e o romance Staudamm (2013). Ele também assina o roteiro em parceria com J. Blakeson. O longa estrelado por Jella Haase, Clemens Schick e Max von der Groeben é a nova produção original da Netflix, e já está disponível no serviço de streaming.

A trama acompanha Vic e Tom, dois ex-detentos que se conheceram na prisão e saíram de lá com um plano que julgavam ser infalível: sequestrar uma jovem chamada Stella e exigir de seu pai milionário uma recompensa volumosa. No início o plano funciona muito bem. Mas os imprevistos não demoram para aparecer.

Max von der Groeben em imagem do filme 'Sequestrando Stella', de Thomas Sieben

O primeiro ato se concentra nos preparativos e na execução do sequestro, que não foge muito da fórmula usada em outros filmes do gênero. Temos a van onde Stella é jogada depois de ser abordada na rua. Temos o quarto secreto cuidadosamente preparado para receber a vítima. Os vilões usam máscaras parecidas com aquelas de assassinos de filmes slashers. A função mais obvia delas é manter suas identidades em segredo. Mas elas também servem para torná-los mais assustadores.

A relação pessoal entre os criminosos é curiosa. Tom (Max von der Groeben) parece ser o cara legal que, por um motivo que o público desconhece, acabou mergulhando na vida do crime. Vic (Clemens Schick) é o oposto: é frio e calculista, e não vê problemas em fazer vilanices. Já Stella (Jella Haase)...bem, não dá para falar muito sobre Stella. Mas a menina guarda alguns segredinhos que irão dificultar bastante a vida de seus sequestradores.

Clemens Schick em imagem do filme 'Sequestrando Stella', de Thomas Sieben

Revelações, manipulações e traições se acumulam, e o diretor cria bons momentos de suspense a partir disso. A cena em que Stella corre o risco de ter um de seus dedos arrancados causa agonia. As cenas da bala na parede são tensas e divertidas. Eu gostaria que o último ato fosse um pouco mais frenético, que Stella ganhasse mais destaque e que a batalha final não fosse tão anti-climática. Mas mesmo assim, Sequestrando Stella consegue ser um filme interessante.

_______________

O melhor: Atuações competentes e bons momentos de tensão.
O pior: O último ato perde a força e a batalha final é anti-climática.

Título original: Kidnapping Stella.
Gênero: Suspense.
Produção: 2019.
Lançamento: 2019.
Pais: Alemanha.
Duração: 89 minutos.
Roteiro: J Blakeson, Thomas Sieben.
Direção: Thomas Sieben.
Elenco: Jella Haase, Clemens Schick, Max von der Groeben.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

Postar um comentário

Antes de serem publicados, os comentários serão revisados.

Postagem Anterior Próxima Postagem