Crítica | Itsy Bitsy (2019)

Aranha gigante aterroriza enfermeira e seus dois filhos no drama de terror do diretor e roteirista Micah Gallo

Chloe Perrin e Arman Darbo em imagem do drama de terror 'Itsy Bitsy', do diretor Micah Gallo

Por Ed Walter

O filme de estreia do diretor e roteirista Micah Gallo acompanha Kara Spencer, uma enfermeira cujo casamento chegou ao fim depois de uma tragédia familiar. Fragilizada e viciada em remédios, ela deixa a cidade grande com os filhos Cambria e Jesse, de 8 e 13 anos, para morar na casa de hóspedes e servir como enfermeira de um colecionador de antiguidades chamado Walter Clark, que sofre de esclerose múltipla.

Parece um bom trabalho. Até que alguém quebra uma relíquia antiga e liberta uma aranha venenosa muito grande, com um apetite por sangue mais grande ainda. Kara terá que lutar para defender os filhos contra os ataques da ameaça cheia de pernas. Mas antes ela vai ter que dar um jeito de vencer seus próprios demônios internos.

Elizabeth Roberts em imagem do drama de terror 'Itsy Bitsy', do diretor Micah Gallo

Quem gosta de filmes com desenvolvimento lento pode até encontrar atrativos na história de Kara, que passa os dois primeiros atos lutando contra o vício, tendo alucinações ou discutindo com seu filho mais velho, que carrega a responsabilidade de cuidar sozinho da irmãzinha. Mas apesar do esforço da atriz Elizabeth Roberts, eu achei o drama da protagonista monótono.  E fica ainda mais difícil levá-lo a sério quando sabemos que tem uma aranha gigante passeando pela casa.

A amizade entre o menino Jesse (Arman Darbo) e o colecionador Walter (Bruce Davison) também não chega a ser empolgante, mas pelo menos gera um ou dois diálogos esclarecedores. A garotinha Cambria (Chloe Perrin) serve para criar alguns momentos de suspense razoáveis. A xerife interpretada por Denise Crosby não tem muita coisa para fazer além de dar apoio moral a todo mundo que encontra pela frente. E Akiba (Treva Etienne) parece estar no filme apenas para colocar fogo no parquinho e sair correndo. 

Chloe Perrin em imagem do drama de terror 'Itsy Bitsy', do diretor Micah Gallo

Gostei da maneira como o diretor insere elementos mitológicos na história, e de alguns detalhes espalhados pelos cenários que, embora mal explorados, ajudam a enriquecer o passado dos personagens. Também gostei do último ato, quando a aranha turbinada resolve tocar o terror em todo mundo e nossa heroína problemática finalmente decide revidar.

A criatura é feita com efeitos práticos, o que dá um charme old school às batalhas. Tudo bem que nem todos os efeitos especiais são convincentes. Mas os confrontos, a tensão, os gritos e as picadas venenosas são bem mais divertidos do que o drama familiar que veio antes.

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O melhor: Efeitos práticos e alguns confrontos à moda antiga.
O pior: O drama familiar é monótono e ocupa um bom tempo no filme.
Sim: O título do filme vem da canção da Dona Aranha.

Título original: Itsy Bitsy.
Gênero: Drama, terror.
Produção: 2019.
Lançamento: 2019.
Pais: Estados Unidos.
Duração: 94 minutos.
Roteiro: Micah Gallo, J. Bryan Dick, Jason Alvino.
Direção: Micah Gallo.
Elenco: Elizabeth Roberts, Bruce Davison, Denise Crosby, Arman Darbo, Chloe Perrin, Treva Etienne, Matty Cardarople, Eileen Dietz, Grace Shen, Robin Acal, Alfred Adderly, Guillermo Alvarez, Virgil Apostol, Van Ayasit, David Baumgartner.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

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