Crítica | The VelociPastor (2018)

Greg Cohan interpreta padre que se transforma em dinossauro e luta kung-fu com ninjas no novo filme do diretor Brendan Steere

Greg Cohan em imagem do filme 'The VelociPastor', de Brendan Steere
Greg Cohan em imagem do filme 'The VelociPastor', de Brendan Steere

The VelociPastor é a adaptação de um curta-metragem de 2011 dirigido por Brendan Steere, sobre um padre que vira anti-herói depois de adquirir a habilidade de se transformar em um dinossauro. O próprio Steere dirige o filme, que conta com algumas mudanças no roteiro e um elenco diferente, mas mantém o charme de cinema grindhouse e a premissa gloriosamente tosca do material original.

Greg Cohan interpreta Doug Jones, um padre dedicado que começa a questionar sua fé depois que seus pais morrem em uma explosão de carro. Você não vai ver a explosão, porque o diretor não finalizou os efeitos especiais. Mas, de qualquer forma, Doug decide viajar para a China (que, estranhamente parece um bosque de New Jersey) e acaba encontrando um artefato místico que faz com que ele se transforme no tal dinossauro.

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Como todo super-herói em início de carreira, Doug não sabe que grandes poderes exigem grandes responsabilidades. Até que entra em cena a doce Carol (Alyssa Kempinski), uma estudante de direito e garota de programa nas horas vagas, que o convence a usar suas habilidades sobrenaturais para combater o crime. E os ninjas.

Alyssa Kempinski e Greg Cohan em imagem do filme 'The VelociPastor', de Brendan Steere
Alyssa Kempinski e Greg Cohan em imagem do filme 'The VelociPastor', de Brendan Steere

Sim, o filme tem ninjas. E traficantes. E exorcismos. E flashbacks ambientados no Vietnã, que estranhamente também se parece com um bosque de New Jersey. Pensando melhor, quase todos os cenários do filme se parecem com um bosque de New Jersey. Incluindo o esconderijo dos vilões, que serve de palco para a hilária batalha final, com direito a ninjas levando sapatadas e bonecos sendo desmembrados sem piedade.

É nesse momento que podemos finalmente ver de perto o visual completo do dinossauro. E o que posso dizer é que a fantasia do monstro consegue a proeza de ser tão ridícula quanto aquela do lobisomem de Carnivore: O Lobisomem de Londres. Só que o VelociPastor leva vantagem, porque ele luta kung-fu com os ninjas.

Greg Cohan em imagem do filme 'The VelociPastor', de Brendan Steere
Greg Cohan em imagem do filme 'The VelociPastor', de Brendan Steere

Gostei dos diálogos horrorosos, das atuações exageradas e do elenco se segurando para não rir no meio de tantas situações sem pé nem cabeça. Gostei dos closes dramáticos, da história de amor tosca entre o casal de protagonistas, da trilha sonora repleta de punk rock e de alguns momentos de "terror", com destaque para a cena em que o padre nervoso usa sua luva de borracha garra de dinossauro para castigar um vilão que acabou de se confessar.

Algumas subtramas a menos poderiam ter ajudado a deixa o ritmo mais fluído. Um pouquinho de humor politicamente incorreto poderia ter deixado a coisa mais engraçada. Mas não tem como negar que eu me diverti bastante com o que vi aqui. Quem curte uma bagaceira nível hard terá bons momentos com The VelociPastor.

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O melhor: É um filme sobre um padre que vira dinossauro e luta kung-fu com ninjas!
O pior: Algumas subtramas poderiam ter sido eliminadas em prol de um ritmo mais fluído.

Título original: The VelociPastor.
Gênero: Ação, comédia, terror.
Produção: 2018.
Lançamento: 2018.
País: USA, China.
Duração: 75 minutos.
Roteiro: Brendan Steere.
Diretor: Brendan Steere.
Elenco: Greg Cohan, Alyssa Kempinski, Claire Hsu, Aurelio Voltaire, Nicholas M. Garofolo, Daniel Steere, Jesse Turits, Fernando Pacheco De Castro, Zachary Steere, David Sokol, Jiechang Yang, George Schewnzer, Alec Lambert, Douglas Saint James, Janice Young.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

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