Crítica | Party Hard, Die Young (2018)

Assassino mascarado persegue jovens em paraíso tropical no filme de terror do diretor Dominik Hartl

Arte do filme de terror 'Party Hard Die Young', de Dominik Hartl

O austríaco Dominik Hartl estreou na direção de longas-metragens em 2015, com o elogiado romance Beautiful Girl. Em 2016, dirigiu a comédia de terror O Ataque dos Zumbis Bávaros. E em 2018, voltou ao gênero com Party Hard, Die Young, slasher com estética retrô onde graduados europeus são perseguidos por um assassino mascarado que sabe o que eles fizeram no verão passado.

Julia (Elisabeth Wabitsch), é uma jovem que chega com os colegas de classe no X-Jam, paraíso tropical repleto de festas ao ar livre onde os alunos podem beber e dançar antes de seguir para cidades como Munique ou Viena para o próximo nível de escolaridade. De fato, eles bebem e dançam. E também começam a desaparecer, o que leva Julia a desconfiar que há um penetra com intenções sombrias na festa.

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Neon, lasers, luzes estroboscópicas, passarelas florestais brilhantes e uma trilha sonora cheia de energia garantem uma atmosfera bem diferente da que estamos acostumados a ver em filmes slashers. Mas algumas regras divertidas do subgênero são mantidas intactas, incluindo o assassino mascarado e até a ordem em que os personagens vão morrer, dependendo da personalidade de cada um.

Imagem do filme de terror 'Party Hard Die Young', de Dominik Hartl

Como a estrutura é mais inspirada em Pânico do que em Sexta-Feira 13, os personagens conversam um pouco mais do que precisavam. Há comentários sobre bullying, sobre masculinidade tóxica, sobre a sexualização da mulher. As investigações para descobrir quem está matando os jovens festeiros são monótonas e cheias de conveniências. E a contagem de corpos é bem modesta.

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Durante mais de uma hora de filme, temos três mortes. E apenas a primeira merece destaque, por ser bem elaborada. A segunda tem tons de humor-negro, e levanta a possibilidade de que talvez o assassino seja um pouco mais trapalhão do que imaginávamos. A terceira praticamente acontece fora da tela, embora o diretor consiga um bom efeito ao ambientá-la no meio de uma festa lotada.

Elisabeth Wabitsch em imagem do filme de terror 'Party Hard Die Young', de Dominik Hartl

O filme ganha fôlego no último ato, quando o visual colorido dá lugar a um cenário sujo. Os sobreviventes deixam as festas de lado e precisam encarar que poderão morrer mais jovens do que previam. O plano do vilão é meio espalhafatoso. Mas suas motivações até que convencem, e a batalha final é divertida.

Destaque para a cena de encerramento, ao som de uma versão alternativa da maravilhosa 'L' Amour Toujours', onde a beleza dá lugar à bizarrice em um piscar de olhos.

Nota: 5

Título original: Party Hard Die Young.

Gênero: Terror.

Produção: 2018.

Lançamento: 2018.

País: Áustria.

Duração: 90 minutos.

Roteiro: Robert Buchschwenter, Karin Lomot.

Direção: Dominik Hartl.

Elenco: Marlon Boess, Markus Freistätter, Michael Glantschnig, Valerie Huber, Mijo Kevo, Edita Malovcic, Antonia Moretti, Hisham Morscher, Michael Ostrowski, Thomas Otrok, Chantal Pausch, Alexandra Schmidt, Ferdinand Seebacher, Fabian Unger, Nikolaas von Schrader.