Crítica | Medo Profundo (47 Meters Down, 2017)

Mandy Moore e Claire Holt ficam presas em uma gaiola de observação submarina em 'Medo Profundo', thriller de sobrevivência do diretor Johannes Roberts


Imagem do filme 'Medo Profundo', de Johannes Roberts


O thriller de sobrevivência Medo Profundo é o novo trabalho do diretor de Do Outro Lado da Porta, Johannes Roberts. A premissa tem uma ligeira semelhança com a de Águas Rasas, que Jaume Collet-Serra dirigiu em 2016. Só que enquanto em Águas Rasas a surfista interpretada por Blake Lively enfrentava um tubarão presa em um recife, o filme de Roberts coloca suas duas protagonistas lidando com as criaturas no fundo do oceano.


Mandy Moore (Um Amor Para Recordar) e Claire Holt (The Originals) estrelam como Lisa e Kate, duas irmãs em férias no México. Elas decidem participar de um passeio de barco, seguido por um mergulho em uma gaiola submarina. Observar a vida marinha de perto se revela um passatempo divertido. Até que a gaiola se desprende do barco e as duas ficam presas no fundo do mar, cercadas por tubarões. Muitos tubarões.

Mandy Moore e Claire Holt em imagem do filme 'Medo Profundo', de Johannes Roberts


O roteiro que Roberts escreveu com Ernest Riera não perde muito tempo tentando dar complexidade às protagonistas. Lisa é a garota sentimental que quer provar ao ex-namorado que pode viver muito bem sem ele. Kate é a garota festeira que acha que pode animar a irmã fazendo com que ela prove um pouco de seu estilo de vida. O resto fica a cargo do carisma de Moore e Holt e, pelo menos para mim, foi muito fácil gostar e torcer por elas.


Já quando precisa criar situações de suspense, o roteiro não é tímido. Além de passar apuros para se livrar dos ataques dos tubarões famintos, as meninas precisam se preocupar com os efeitos da pressão e com o oxigênio que não vai durar muito tempo. E também com o pânico que, cedo ou tarde, vai levá-las a tomar atitudes extremas.

Imagem do filme 'Medo Profundo', de Johannes Roberts


A maioria do filme se passa nas profundezas, e o diretor usa o cenário escuro e assustador para conseguir dois efeitos bem distintos. Às vezes a câmera está focada perto demais no rosto das atrizes, passando a sensação de claustrofobia. Em outras está longe demais delas, passando a sensação de solidão. A trilha sonora cumpre sua função de potencializar os momentos de tensão, e os efeitos especiais cuidam de deixar os tubarões bem realistas.

Medo Profundo é um suspense intenso. Às vezes se torna uma experiência sensorial, e na maior parte do tempo, causa agonia. Os minutos finais guardam uma revelação chocante. O impacto não foi tão grande para mim,  pois descobri a pegadinha antes da hora. Mas isso não tira os méritos do filme.

Nota: 7/10

Título Original: 47 Meters Down.
Gênero: Suspense, terror.
País: UK, República Dominicana, EUA.
Produção: 2017.
Lançamento: 2017.
Duração: 89 minutos.
Roteiro: Johannes Roberts e Ernest Riera.
Direção: Johannes Roberts.
Elenco: Claire Holt, Mandy Moore, Matthew Modine, Axel Mansilla, Chris Johnson, Yani Gellman, Santiago Segura, Mayra Juarez, Axel Mansilla.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

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