Blake Lively é caçada por tubarão branco no thriller de sobrevivência do diretor Jaume Collet-Serra
Por Ed Walter
O diretor Jaume Collet-Serra é responsável por bons filmes de terror como A Casa de Cera (2005) e A Órfã (2009). Em 2016 ele se uniu ao roteirista Anthony Jaswinski (Satânico) e à atriz Blake Lively (Um Pequeno Favor) para realizar o thriller de sobrevivência Águas Rasas. E essa união conseguiu provar que filmes de tubarões ainda podem ser muito assustadores.
Lively interpreta Nancy, uma jovem surfista que viaja até o México para visitar uma praia deserta. O local tem um forte significado emocional para Nancy, que está passando por um momento conturbado na vida. Mas em sua busca por um pouco de paz ela acaba sendo surpreendida por um enorme tubarão branco que não apenas lhe presenteia com uma bela mordida mas também passa a rodeá-la em um recife de corais. Nancy terá que encontrar uma maneira de escapar antes que a maré aumente, ou se tornará presa fácil para o predador implacável.
O roteiro de Jaswinski não perde muito tempo com diálogos. Oferece apenas o suficiente para que o público conheça a protagonista e entenda os motivos que a levaram até a praia. Mas isso não impede que Nancy ganhe nossa simpatia. Lively é carismática, transmite muito bem o peso emocional que sua personagem carrega, e antes mesmo dela entrar na água eu já estava torcendo por ela.
O diretor reserva um tempinho para compor uma espécie de videoclip que destaca a beleza do cenário paradisíaco e também os dotes físicos de sua protagonista. E pronto, já podemos partir para o festival de mordidas e a batalha pela sobrevivência. O fato de nossa heroína ser estudante de medicina garante a ela uma ligeira vantagem. Mas como ela precisa lidar com um ferimento profundo, o frio, a fome, a sede e o medo de ser devorada a qualquer momento, a situação não demora para fugir do controle.
O diretor reserva um tempinho para compor uma espécie de videoclip que destaca a beleza do cenário paradisíaco e também os dotes físicos de sua protagonista. E pronto, já podemos partir para o festival de mordidas e a batalha pela sobrevivência. O fato de nossa heroína ser estudante de medicina garante a ela uma ligeira vantagem. Mas como ela precisa lidar com um ferimento profundo, o frio, a fome, a sede e o medo de ser devorada a qualquer momento, a situação não demora para fugir do controle.
Collet-Serra vai criando situações incrivelmente tensas. E tanto o CGI quanto os efeitos práticos cuidam de dar realismo aos tormentos de Nancy. A cena em que ela é atacada pela primeira vez é muito bem feita. Os closes do ferimento em sua perna causam um enorme desconforto. E como outros personagens também dão uma paradinha na praia de vez em quando, mortes sangrentas estão garantidas.
O diretor só erra a mão nos minutos finais, onde entrega uma cena de ação desnecessariamente exagerada. Mas eu já estava tão empolgado que acabei fazendo vista grossa para esse deslize. Águas Rasas é assustador, tenso, sangrento e divertido. Como todo bom filme de tubarão precisa ser.
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O melhor: É assustador, tenso, sangrento e divertido.
O pior: A batalha final é um pouco exagerada.
Título original: The Shallows.
Gênero: Terror, suspense.
Produção: 2016.
Lançamento: 2016.
Pais: Estados Unidos.
Duração: 86 minutos.
Roteiro: Anthony Jaswinski.
Direção: Jaume Collet-Serra.
Elenco: Blake Lively, Óscar Jaenada, Angelo Josue Lozano Corzo, Joseph Salas, Brett Cullen, Sedona Legge, Pablo Calva, Diego Espejel, Janelle Bailey, Ava Dean, Chelsea Moody, Sully Seagull.