Crítica | Não Bata Duas Vezes (Don't Knock Twice, 2016)

Bruxa vingativa persegue adolescentes no terror sobrenatural 'Não Bata Duas Vezes', do diretor Caradog W. James


Imagem do filme 'Não Bata Duas Vezes'
Katee Sackhoff como Jess em imagem do filme 'Não Bata Duas Vezes', de Caradog W. James


Não Bata Duas Vezes é um filme de terror sobrenatural sobre adolescentes perseguidos por uma bruxa nervosa. E não é uma bruxa qualquer, mas a Baba Yaga, do folclore eslavo. Este é o terceiro longa-metragem do diretor Caradog W. James, que antes havia realizado Little White Lies e Soldado do Futuro. Katee Sackhoff (O Espelho) e Lucy Boynton (O Último Capítulo) estrelam o filme, roteirizado por Mark Huckerby e Nick Ostler.

Sackhoff interpreta Jess, uma mulher que tenta recuperar a custódia de sua filha adolescente, Chloe (Boynton), entregue para a adoção quando ainda era pequena. Sabemos muito pouco sobre Jess. Apenas que ela é uma escultora americana que está se recuperando de um vício, que está casada com um advogado, e quer desesperadamente se reconectar com a filha.

Imagem do filme 'Não Bata Duas Vezes'
Lucy Boynton como Chloe em imagem do filme 'Não Bata Duas Vezes', de Caradog W. James


Sabemos menos ainda sobre Chloe. Apenas que ela é um pouco revoltada, e que tem um vínculo forte com o namorado. Chloe também tem uma tendência a tomar decisões erradas, como passear à noite em lugares assustadores e irritar uma suposta bruxa que, segundo a lenda, persegue gente chata que ousa bater na porta de sua antiga casa.


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Quando seu namorado desaparece em circunstância misteriosas, Chloe começa a desconfiar que talvez a lenda seja real e ela estar na lista das futuras vítimas da bruxa estressada. Será que um namorado desaparecido e um fantasma vingativo farão com que Chloe esqueça anos de negligência materna e finalmente se reconecte com a mãe?

Imagem do filme 'Não Bata Duas Vezes'
Katee Sackhoff como Jess em imagem do filme 'Não Bata Duas Vezes', de Caradog W. James


Não Bata Duas Vezes tem um primeiro ato promissor, que estabelece bem os personagens e cria um bom cenário para uma diversão assustadora. A primeira aparição da bruxa é divertida. Fica claro que ela é uma figura perigosa, o que aumenta a sensação de ameaça que todo bom filme de terror precisa ter. Infelizmente a vilã não demonstra a mesma disposição quando vai atrás de Chloe. Ela fica apenas dando sustinhos baratos, que nunca trazem consequências reais para a protagonista.


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Como se não bastasse a criatura sobrenatural fazendo corpo mole para esticar o filme e gerar jump scares, temos que acompanhar um interminável drama familiar que quebra o restinho de tensão que a história ainda tinha. Há um plot twist, mas eu achei tudo bem previsível. Mesmo se não fosse, a reviravolta é jogada na trama de uma maneira tão desajeitada que acaba perdendo o impacto. Esses problemas fizeram com que minha experiência com esse conto sobre o amor obsessivo de uma mãe por sua filha distante fosse bem limitada.

Nota: 4.8/10

Título original: Don't Knock Twice.
Gênero: Terror.
Produção: 2016.
Lançamento: 2017.
País: Reino Unido.
Duração: 1h 33min.
Roteiro: Mark Huckerby, Nick Ostler.
Direção: Caradog W. James.
Elenco: Katee Sackhoff, Lucy Boynton, Richard Mylan, Nick Moran, Pascale Wilson, Javier Botet, Pooneh Hajimohammadi, Sarah Buckland, Jordan Bolger, Ania Marson, Callum Griffiths, Lee Fenwick, David Broughton-Davies, Melissa Woodbridge, Michael Lindall, Celyn Evans, Megan Purvis, Gabriel Trimble.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

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