Crítica | Chupacabra Territory (2016)

Quatro amigos descobrem que algumas lendas são reais no found footage 'Chupacabra Territory', de Matt McWilliams


A atriz Sarah Nicklin como Amber no filme 'Chupacabra Territory', de Matt McWilliams
A atriz Sarah Nicklin como Amber no filme 'Chupacabra Territory', de Matt McWilliams


O filme de terror Chupacabra Territory acompanha quatro amigos que se aventuram na floresta de Pinewood em busca de evidências sobre a existência do Chupacabras, uma criatura lendária do folclore mexicano que alguns acreditam ser responsável por uma série de mutilações de animais.

Além de esperar por um possível encontro com a criatura mítica, os jovens adultos com comportamento de estudantes do ensino médio têm a esperança de resolver o mistério por trás do desaparecimento de quatro caminhantes ocorrido no ano anterior. Como este é um filme de terror, nem é preciso dizer que eles próprios correm o sério risco de entrar para a lista de desaparecidos.

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Chupacabra Territory é dirigido e escrito por Matt McWilliams, mesmo realizador do segmento 'Halloween/Candy' da antologia de terror Happy Horror Days. Sua direção segue as regras do found footage, subgênero composto por filmes que tentam simular um documentário ou gravação de vídeo amadora, geralmente feitos com uma única câmera e sem grandes produções, para passar a ideia de que os eventos retratados são reais.

Imagem do filme 'Chupacabra Territory', de Matt McWilliams
Imagem do filme 'Chupacabra Territory', de Matt McWilliams


Basicamente, isso significa que a direção é caótica e repleta de clichês ruins. Os personagens passam mais de uma hora conversando sobre assuntos inúteis? Sim, eles passam. Um dos personagens deitados no chão é arrastado para o escuro? Sim, ele é. A câmera treme bastante ou dá defeito para que o público não consiga ver as cenas de terror? Sim, pode ter certeza disso. Assista a A Bruxa de Blair, faça o checklist e você verá que nada ficou de fora.

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O enredo do filme é arrastado e monótono. O tom é confuso, com momentos de comédia forçada que prejudicam a atmosfera de suspense. Confesso que gostei da personagem Amber, a jovem criptobióloga amadora interpretada pela atriz Sarah Nicklin (The Rataliators). O resto do elenco entrega atuações medianas, no melhor dos casos, e seus personagens tomam decisões sem sentido que deixam muitas perguntas sem resposta.

Sarah Nicklin como Amber no filme 'Chupacabra Territory', de Matt McWilliams
Sarah Nicklin como Amber no filme 'Chupacabra Territory', de Matt McWilliams


Por que ninguém está preocupado com aquela criatura de olhos vermelhos espreitando na mata? Por que ninguém se importa quando um dos personagens começa a agir como um deadite de A Morte do Demônio? Por que ninguém acha estranho o fato de Amber estar passando tempo demais na companhia das árvores? E se o filme é uma filmagem encontrada e todos os personagens estão dentro do carro, quem está filmando o veículo do lado de fora?

Pelo menos, os aventureiros são mais animados que a maioria dos personagens de filmes found footage. Eles até fazem festa na floresta, mesmo após presenciar eventos que fariam pessoas normais saírem correndo de lá. Ocasionalmente, acontecem algumas mortes e rituais estranhos. Infelizmente, a única cena de terror com potencial para se destacar é arruinada pela montagem atropelada e pelas tentativas de humor pouco efetivas.

Nota: 3/10

Título original: Chupacabra Territory.
Gênero: Terror.
Produção: 2016.
Lançamento: 2016.
Pais: Estados Unidos.
Duração: 1 h 30 min.
Roteiro: Matt McWilliams.
Direção: Matt McWilliams.
Elenco: Sarah Nicklin, Michael Reed, Alex Hayek, Bryant Jansen, Stacy Baker, Elliot Book, Donnie Brinker, Megan Hensley, Pierre Kennel, Julianne Tura, Mike Wood.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

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