Crítica | O Sequestro (Kidnap, 2017)

Halle Berry interpreta uma mãe que persegue os sequestradores de seu filho em 'O Sequestro', dirigido por Luis Prieto


Halle Berry como Karla no filme 'O Sequestro', de Luis Prieto. Foto: Peter Iovino
Halle Berry como Karla no filme 'O Sequestro', de Luis Prieto. Foto: Peter Iovino


O cineasta espanhol Luis Prieto já dirigiu filmes como Condón Express e Contra o Tempo, além de ter sido responsável por alguns episódios de séries de TV como Z Nation e Code Black. Agora ele retorna à direção com O Sequestro, um filme de suspense repleto de ação que coloca a atriz Halle Berry no papel de uma mãe disposta a tudo para resgatar seu filho das mãos de sequestradores.

A estrela de X-Men interpreta Karla Dyson, uma garçonete divorciada que enfrenta uma batalha judicial para tentar manter a seu lado o filho de seis anos. No entanto, seu ex-marido não é o único interessado no menino. Uma dupla de criminosos também está de olho nele e aproveita um descuido de Karla para sequestrá-lo em um parque, em plena luz do dia. Para azar dos criminosos, Karla é uma mãe extremamente protetora e irá persegui-los implacavelmente pelas estradas, transformando o sequestro em um inferno sobre rodas.

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O filme de Luis Prieto pode ser resumido como uma extensa perseguição de carros que se desenrola por aproximadamente 95 minutos. Às vezes, a perseguição também ocorre a pé. De tempos em tempos, Karla para de correr e troca socos com os vilões. A escolha por uma abordagem quase em tempo real aumenta a urgência da narrativa, permitindo que o público sinta a pressão e a angústia da personagem a cada segundo.

Halle Berry como Karla no filme 'O Sequestro', de Luis Prieto
Halle Berry como Karla no filme 'O Sequestro', de Luis Prieto


A trilha sonora contribui para a atmosfera tensa do filme, intensificando as cenas de ação e a emoção dos momentos-chave. A cinematografia, com suas cenas de perseguição bem coreografadas, também merece elogios, transmitindo a urgência da busca pelo menino. Os efeitos especiais são utilizados com moderação, mantendo o foco na trama e na atuação de Halle Berry.

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Falando na atriz, ela retrata com competência o desespero, a coragem e a determinação incansável da personagem. Berry também se sai relativamente bem nas cenas de confronto físico e perseguição que dominam a tela. Os vilões interpretados por Lew Temple (Monstruoso) e Chris McGinne (série American Horror Story) não têm um desenvolvimento profundo, mas cumprem seu papel de fazer vilanices.

Chris McGinn e Halle Berry como Margo e Karla no filme 'O Sequestro', de Luis Prieto
Chris McGinn e Halle Berry como Margo e Karla no filme 'O Sequestro', de Luis Prieto


Claro que, por se concentrar em uma única ideia, há momentos em que o filme se torna um pouco cansativo. Para fazer a história avançar, o roteiro de Knate Lee não hesita em fazer com que os personagens tomem decisões questionáveis. Isso sem mencionar as várias conveniências que aparecem no caminho de Karla, exigindo que o público suspenda a descrença. Se você conseguir lidar com esses inconvenientes, é provável que se divirta com O Sequestro.

Nota: 5.5/10

Título original: Kidnap.
Gênero: Suspense, ação.
Produção: 2017.
Lançamento: 2107.
Pais: Estados Unidos.
Duração: 95 minutos.
Roteiro: Knate Lee.
Direção: Luis Prieto.
Elenco: Halle Berry, Sage Correa, Chris McGinn, Lew Temple, Jason George, Christopher Berry, Arron Shiver, Kurtis Bedford, Carmella Riley.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

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