Crítica | 1922 (2017)

Thomas Jane é perseguido pelos fantasmas de seu passado no thriller de horror psicológico de Jack Hilditch

Thomas Jane em imagem do filme '1922'

Por Ed Walter

O ator Thomas Jane já participou de dois filmes baseados na obra de Stephen King: O Apanhador de Sonhos (2004) e O Nevoeiro (2007). Agora ele volta ao universo do escritor com 1922, thriller de horror psicológico dirigido por Jack Hilditch (As Horas Finais). A produção original da Netflix adapta o conto homônimo de King, publicado no livro Escuridão Total, Sem Estrelas.

Jane interpreta Wilfred James, um orgulhoso fazendeiro com princípios morais questionáveis. Ele vive na companhia da esposa Arlette (Molly Parker) e do filho Henry (Dylan Schmid) em uma fazenda lá nos cafundós do Nebraska, até que uma disputa por terras o leva a cometer um crime terrível com a cumplicidade do filho. As consequências desse ato irão persegui-los pelo resto de suas vidas.

Molly Parker em imagem do filme '1922'

A história é narrada através de uma carta deixada por Wilfred, que confessa seus pecados e dá detalhes sobre os estranhos eventos que passaram a assombrá-lo depois do crime. O recurso não apenas dá um tom mais sombrio ao filme, mas também planta no público uma dúvida: os eventos narrados são reais ou apenas uma ilusão provocada pelo sentimento de culpa do protagonista?

O trabalho de reconstrução de época é muito bom. O elenco entrega ótimas atuações. A sequência que mostra o tal crime chega a ser perturbadora. Mas o que vem depois disso não empolga muito. Hilditch se mostra pouco à vontade com cenas de terror. O ritmo fica lento demais. Na metade final a história parece não sair do lugar. E a conclusão não oferece nada de interessante para recompensar o público por ter suportado a monotonia.

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O melhor: Bom elenco e direção atenta aos detalhes técnicos.
O pior: É lento demais. E fica mais lento ainda na metade final.

Título Original: 1922.
Gênero: Drama, suspense, terror.
Produção: 2017.
Lançamento: 2017.
Pais: EUA.
Duração: 101 minutos.
Roteiro: Zak Hilditch.
Direção: Zak Hilditch.
Elenco: Thomas Jane, Molly Parker, Dylan Schmid, Kaitlyn Bernanrd, Bryan d'Arcy James, Neal McDonough, Bob Frazer, Patrick Keating.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

3 Comentários

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  1. Gostei nem terror nem suspense mas uma historia possivel de acontecer bom

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    1. Sim. Como o próprio King disse, que mosntros existem. Dentro de nós. Ou algo bem parecido. No final, o que assusta são as monstruosidades humanas.

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  2. Bem fiel ao conto. Muito bom e assustador de verdade,pois pode acontecer, ou ter acontecido.

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