Filme de terror com tema natalino dirigido por Chris Peckover, 'Perigo Próximo' segue um menino e sua babá tentando sobreviver a uma invasão domiciliar
Olivia DeJonge como Ashley no filme 'Perigo Próximo', de Chris Peckover. Foto: © Universal |
Perigo Próximo é um filme de terror com boas doses de humor negro, sobre um menino de 12 anos e sua babá adolescente, que precisam lutar para sobreviver a uma invasão domiciliar. É o longa-metragem de estreia do diretor Chris Peckover, mesmo realizador do terror Não Documentado. O filme é estrelado por Olivia DeJonge (A Visita) e Levi Miller (Peter Pan). O roteiro é do próprio Peckover, baseado na história de Zack Kahn.
O cenário é um subúrbio tranquilo em uma cidade tranquila. O Natal está chegando, as crianças estão fazendo bonecos de neve ou se preparando para viajar com suas famílias. Menos o garoto Luke (Miller), que vai ter que ficar em casa enquanto sei pai ingênuo, Robert (Patrick Warburton, de Deixa Rolar), e sua mãe maníaca por controle, Deandra (Virginia Madsen, de O Mistério de Candyman) saem para uma festa.
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Não que Luke esteja reclamando. Na verdade, ele até gosta, pois terá a chance de ficar a sós com sua babá adolescente, Ashley (DeJonge), por quem é apaixonado. Obviamente, Ashley fica muito pouco à vontade com as incessantes investidas do moleque. Mas ela não precisará se preocupar com isso por muito tempo, pois eles estão prestes a receber uma visita inesperada. E não estou falando do melhor amigo de Luke, Garrett (Ed Oxenbould, de Sonhos de Papel), mas de um invasor mascarado cujas intenções, provavelmente, não são muito amigáveis.
Ed Oxenbould, Olivia DeJonge e Levi Miller como Ashley, Garrett e Luke no filme 'Perigo Próximo', de Chris Peckover. Foto: © Universal |
Se você assistiu ao trailer bem montado de Perigo Próximo, deve estar imaginando que com a chegada do invasor mascarado, o filme se tornará uma comédia, espécie de versão adulta do clássico Esqueceram de Mim. Só que o trailer engana, e embora o humor-negro esteja sempre presente, a história toma um rumo inesperado, assume contornos cada vez mais bizarros, até se tornar um filme de terror sombrio, desconfortável e, ouso até dizer, perturbador.
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Para não entregar spoilers, direi apenas que o diretor faz um ótimo trabalho ao brincar com nossa percepção sobre personagens, diálogos e situações. Coisas que pareciam humor politicamente incorreto no início, ganham um ar doentio conforme entendemos o que está acontecendo. Na metade final, Chris Peckover chega a entregar cenas chocantes, e as piadas não ajudam a amenizar seus efeitos. Pelo contrário, às vezes até potencializam o incômodo do público.
Levi Miller e Olivia DeJonge como Luke e Ashley no filme 'Perigo Próximo', de Chris Peckover. Foto: © Universal |
Não dá para falar muito sobre os personagens, mas posso dizer que o elenco faz um bom trabalho, contribuindo para que as reviravoltas funcionem corretamente. O excesso de diálogos cria algumas gordurinhas desnecessárias, mas a capacidade do roteiro de se reinventar mesmo depois que todas as cartas são jogadas na mesa, evita que o filme fique cansativo.
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Este conto natalino distorcido fecha com uma cena inesperada e visualmente engraçada, que pode ser tanto recompensadora quanto perturbadora, dependendo da maneira como você interpretá-la. Como sou otimista, enxerguei a situação pelo lado positivo, e me convenci de que Papai Noel terá um presente a menos para entregar neste Natal.
Nota: 6.8/10
Título Original: Better Watch Out.
Produção: 2016.
Lançamento: 2017.
País: Austrália, Estados Unidos da América.
Duração: 1h 29min.
Roteiro: Chris Peckover, Zack Kahn.
Direção: Chris Peckover.
Elenco: Olivia DeJonge, Levi Miller, Ed Oxenbould, Dacre Montgomery, Aleks Mikic, Patrick Warburton, Virginia Madsen.
O bom foi ter visto o trailer com minha esposa e conversado: vamos ver esse filme engraçado pra irmos dormir tranquilos. Doce ilusão. O choque dela foi tanto que ficou perturbada por horas sem acreditar no que acabou de ver. Eu acabei rindo de nervoso, por que nenhuma piada é realmente infantil no filme. E, de certa forma, vc compra a idéia do humor negro em alguns momentos, porém ele se assume como um filme de psicopata em formação. É angustiante e vale a pena ver o trailer antes de ver o filme. rsrs
ResponderExcluirMuito perturbador. A trilha sonora natalina deixa tudo mais estranho. E as referencias a esqueceram de mim são muito bizarras. Eu adorei. Deu agonia, mas adorei.
ResponderExcluirPassei muito raiva nesse filme, quem assistiu vai entender, mas a cena final foi um alívio, ótimo filme surpreendente
ResponderExcluirQuem está dizendo que gostou do final não entendeu o real sentido daquilo, na verdade só foi uma espécie de "porta" para uma possível parte dois ou melhor só ilustra que o garoto não terminou o serviço, oque fara com que o mesmo vá finaliza-lo. Parece que os traumas da Ashley não terminaram ainda.
ResponderExcluirQuando o garoto diz à mãe que está preocupado com a Ash e que a quer ir ver ao hospital, só significa uma coisa: vai acabar o serviço.
ResponderExcluirEu acho um absurdo alguém fala que essa porcaria de filme é engraçado, não é possível o que essa gente ignorante tem na cabeça? Foi recompensador como acabou? Deve ser tão psicopata quanto.
ResponderExcluirAchei péssimo filme, num mundo em que estamos vivendo isso é aula para os psicopatas de plantão
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