Crítica | Totem (2017)

Kerris Dorsey interpreta adolescente que tenta proteger a família contra uma presença misteriosa no terror 'Totem', do diretor Marcel Sarmiento


Kerris Dorsey em imagem do filme 'Totem', de Marcel Sarmiento
Kerris Dorsey em imagem do filme 'Totem', de Marcel Sarmiento


O diretor Marcel Sarmiento chamou a atenção dos fãs de filmes de terror em 2008, quando dirigiu o perturbador Deadgirl. Ele não realizou nenhum longa-metragem desde então, mas continuou contribuindo com o gênero através de segmentos das antologias O ABC da Morte e V/H/S Viral.

Agora ele retorna com Totem, sobre uma família ameaçada por um inimigo que pode ou não ser sobrenatural. Kerris Dorsey (O Homem Que Mudou o Jogo) lidera o elenco do filme, que também conta com as presenças de Ahna O'Reilly (Sonâmbula), James Tupper (Abaixo de Nós) e Lia McHugh (O Chalé). O roteiro de Totem é assinado por Evan Dickson, a partir de uma história que criou com o próprio Sarmiento.

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Tupper interpreta James, um homem que perdeu a esposa em circunstâncias misteriosas e passou a viver sozinho com as filhas: uma adolescente pirracenta chamada Kellie (Dorsey) e uma garotinha chamada Abby (McHugh). James decide trazer para casa sua namorada Robin (Ahna O'Reilly), mas a idéia não agrada muito às garotas. Para piorar, a chegada de Robin coincide com o início de eventos estranhos.

Ahna O'Reilly em imagem do filme 'Totem', de Marcel Sarmiento
Ahna O'Reilly em imagem do filme 'Totem', de Marcel Sarmiento


Se o espírito da mãe falecida está rondando a casa ou se há uma entidade maligna querendo destruir a família, é o grande mistério do filme. Mas independente da origem, as aparições fantasmagóricas não impressionam muito. Os efeitos especiais também não. Muito menos os jump scares, apesar dos esforços daquele gato que fica pulando na frente da câmera.

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Entre um evento estranho e outro, acompanhamos a rotina da família. Abby conversa com amigos imaginários. Robin quer ser aceita. James quer que toda a família seja feliz. E Kellie quer fazer pirracinhas e provar que pode cuidar da casa sozinha. O elenco entrega atuações decentes, com destaque para a carismática Ahna O'Reilly. Mas o drama novelesco me fez perder o interesse pelo filme bem rápido.

Ahna O'Reilly em imagem do filme 'Totem', de Marcel Sarmiento
Ahna O'Reilly em imagem do filme 'Totem', de Marcel Sarmiento


Minha empolgação só retornou no último ato, quando o diretor abandona os clichês, puxa nosso tapete com maestria, e aproveita para nos chocar no processo. Não é justo que um filme tão monótono tenha um final tão interessante. Acredito que se o diretor tivesse demonstrado essa ousadia mais cedo, Totem podia ter sido um bom passatempo.

Nota: 4.8/10

Título original: Totem.
Gênero: Drama, suspense, terror.
Produção: 2017.
Lançamento: 2017.
País: Estados Unidos.
Duração: 1h 29min.
Roteiro: Evan Dickson e Marcel Sarmiento.
Direção: Marcel Sarmiento.
Elenco: Kerris Dorsey, Ahna O'Reilly, James Tupper, Lia McHugh, Braeden Lemasters, Lawrence Pressman, Jocelyn Ayanna, Aja Bair, Allison Caetano, Evan Dickson, Stephanie Silver, Andrew Spieler, Taj.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

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