Crítica | Dia dos Mortos (Day of the Dead: Bloodline, 2018)

Sobreviventes de um apocalipse tentam resistir aos ataques de zumbis na reimaginação do clássico de George Romero dirigida por Hèctor Hernández Vicens

Imagem do filme 'O Dia dos Mortos'

Por Ed Walter

Cinco anos depois que uma epidemia transformou a maior parte da humanidade em mortos-vivos canibais, um grupo de sobreviventes tenta recomeçar a vida em uma base fortemente protegida por militares.

Quando uma criança adoece, a médica Zoe Parker (Sophie Skelton) parte com um grupo de soldados em busca de medicamentos, mas tem um encontro inesperado com uma figura que a aterrorizou no passado. Essa criatura metade humana, metade zumbi, pode ser a chave para salvar a humanidade. Ou destruí-la de vez.

Imagem do filme 'O Dia dos Mortos'

O filme é uma reimaginação de Dia dos Mortos, clássico dirigido em 1985 por George Romero. Mas as semelhanças com o filme original não vão muito além do cenário da base militar e de uma versão turbinada do zumbi Bub, que aqui é chamado de Max. Há uma história interessante por trás do personagem. Só que dessa vez ele se comporta mais um vilão de filme slasher do que um zumbi.

Diferente do clássico de Romero que tinha algo a dizer, o roteiro dessa reimaginação é bem simplista. Ele até ensaia algumas discussões, mas a abordagem é superficial. Mas, sejamos justos, isso não chega a ser um problema.  Já o elenco não tem grandes destaques. Até comecei a gostar da protagonista Zoe. Mas seus atos inconsequentes me irritaram um pouquinho, me fazendo dar uma certa razão para o líder dos militares interpretado por Jeff Gum que, supostamente, deveria ser um dos vilões.

Imagem do filme 'O Dia dos Mortos'

Quando acontece a clássica invasão dos mortos-vivos à base, ao ver um monte de personagens correndo, falando frases clichês e tomando decisões questionáveis, percebi que não estava me importando com mais ninguém. Hèctor Hernández Vicens até faz um bom trabalho ao filmar os ataques dos zumbis. Há muito sangue e tripas voando na tela, o que dá à obra um divertido tom de filme trash. Mas como estamos falando do mesmo diretor do surpreendente O Cadáver de Anna Fritz, eu esperava um pouco mais.

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O melhor: Os ataques dos zumbis são sangrentos e divertidos.
O pior: Nem a história e nem os personagem empolgam.
E o zumbi Max? Ok, ele diverte um pouquinho.

Título Original: Day of the Dead: Bloodline.
Gênero: Terror.
Produção: 2018.
Lançamento: 2018.
País: Bulgaria, EUA.
Duração: 90 minutos.
Roteiro: Mark Tonderai e Lars Jacobson.
Direção:  Hèctor Hernández Vicens.
Elenco: Sophie Skelton, Johnathon Schaech, Jeff Gum, Marcus Vanco, Mark Rhino Smith, Lillian Blankenship, Shari Watson, Rachel O'Meara, Luke Cousins.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

5 Comentários

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  1. muito ruim mesmo, o amadorismo nos sustos e a burrice dos personagens é estupenda.

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  2. O filme é ruim até pra quem gosta de filme ruim.

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  3. Para mim, esse filme entra na bagagem dos filmes de zumbi. sempre assisto todos os filmes deste género, confesso que já vi piores. Mas, este é ruim sim, não é o pior, mas está bem cotado.

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  4. Pessimo. Pior filme de zumbi que ja fizeram. Logo nos 5 primeiros minutos comecei a odia. Uma mulher andando de bicicleta calmamente no meio do caos. Aí quando apareceu um zumbi com colar de tripas e a mulher correndo com o sutiã aparecendo igual todo mundo em pânico parei de ver .

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