Crítica | The Housemaid (Cô Hâu Gái, 2016)

Nhung Kate interpreta órfã que se apaixona pelo dono de uma plantação assombrada no drama gótico de terror do diretor e roteirista Derek Nguyen

Imagem do filme 'The Housemaid', de Derek Nguyen

Por Ed Walter

The Housemaid é o longa de estreia do diretor Derek Nguyen, que em 2011 realizou o curta-metragem The Potential Wives of Norman Mao. Ele também assina o roteiro desse drama gótico de terror ambientado no ano de 1953, na Indochina francesa.

Nhung Kate interpreta Linh, uma jovem órfã vietnamita que é aceita como empregada doméstica em uma mansão de propriedade de um oficial do exército francês, Sebastien (Jean-Michel Richaud). Não demora muito tempo para que ela e o dono da casa iniciem um romance. Mas Linh descobrirá que tanto a mansão quanto a plantação que a rodeia guardam segredos sombrios.

Imagem do filme 'The Housemaid', de Derek Nguyen

O filme alterna entre drama histórico, romance, investigação policial e thriller de vingança. Mas é também um terror sobrenatural com elementos de j-horror, na linha de O Chamado e O Grito. A inclusão de efeitos-especiais aproxima algumas cenas do padrão nada discreto do terror hollywoodiano. E há até jump scares de vez em quando. Mas embora a atmosfera seja bem cuidada, as aparições sobrenaturais são praticamente inofensivas.


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A protagonista Linh é meio complicada. Toma algumas decisões questionáveis e está sempre disposta a entrar em salas escuras para investigar barulhos suspeitos. Mas a atriz Nhung Kate é carismática, e transmite bem as discretas transformações que sua personagem passa no decorrer da trama. Além disso, sua química com o ator Jean-Michel Richaud é boa. E o romance dos dois em momento algum chegou a me entediar.


Imagem do filme 'The Housemaid', de Derek Nguyen

Kim Xuan faz a elegante e severa governanta Han, que serve como mentora da jovem Linh. Kien An aparece pouco, mas convence como o enigmático lenhador Chau. E o mesmo pode ser dito de Rosie Fellner, que faz uma participação rápida mas decisiva no papel de Madeleine. Phi Phung está divertida como Ngo, sempre pronta a aterrorizar Linh (e o público também) com suas histórias de fantasmas. E eu gostaria muito de ter visto mais cenas com ela.

O filme tem uma reviravolta no terceiro ato, mas é preciso um pouco de esforço para aceitar as explicações. Para mim, a conta não fechou. E a sensação que tive foi de que o diretor forçou um pouco a barra para que a história fizesse sentido.

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O melhor: Muitos mistérios, atmosfera pesada e boas atuações.
O pior: As aparições sobrenaturais são inofensivas e no final a conta não fecha.

Título Original: Cô Haû Gaí.
Gênero: Drama, Terror.
Produção: 2016.
Lançamento: 2016.
País: Vietnã, Coréia do Sul.
Duração: 105 Minutos.
Roteiro: Derek Nguyen.
Direção: Derek Nguyen.
Elenco: Nhung Kate, Jean-Michel Richaud, Kim Xuan, Phi Phung, Kien An, Rosie Fellner.


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Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

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