Crítica | Lycan (2017)

Estudantes investigam a lenda do lobisomem do condado de Talbot no terror do diretor e roteirista Bev Land

A atriz Dania Ramirez em imagem do filme 'Lycan'

Por Ed Walter

Lycan é o filme de estréia do diretor Bev Land, que antes havia realizado apenas o curta-metragem What Are the Odds. O roteiro, co-escrito por ele ao lado de Michael Mordler, tem como base a lenda de Emily Burt, o lobisomem do condado de Talbot.

A esposa de Bev, Dania Ramirez, interpreta Isabella Cruz, uma jovem desajustada que se junta a um grupo de estudantes para realizar um trabalho de classe sobre um assunto histórico. Os estudantes decidem investigar a lenda do tal lobisomem e partem para os bosques da Georgia em busca de evidências. A viagem vai muito bem. Até que mortes misteriosas começam a acontecer.

Imagem do filme 'Lycan'

O grupo de jovens é variado e ao mesmo tempo não foge dos clichês. Temos o cara bonzinho, o engraçadinho, a patricinha, o inteligente, etc. Isso não chega a ser um problema. Já o fato dos atores serem pelo menos 10 anos mais velhos do que os personagens que interpretam incomoda um pouquinho. E não ajuda muito quando o roteiro força a galera a tomar muitas decisões idiotas.

Vanessa Angel (Reis de Nova York) e Gail O'Grady (série Revenge) fazem participações especiais. Mas elas têm um tempo bem limitado em cena. Dania Ramirez (série Devious Maids) é uma boa atriz. Mas ela também não está bem no papel da protagonista. A verdade é que os diálogos fracos limitam bastante o elenco. 


Imagem do filme 'Lycan'

O filme recorre a vários elementos do cinema slasher. Mas apesar da contagem de corpos ser razoável, o é ritmo arrastado. De vez em quando a história principal é deixada de lado para que possamos acompanhar um romance chato, o que deixa as coisas um pouco mais cansativas. E a decepção se completa no último ato, quando percebemos que Bev se esqueceu de uma regra básica: se for fazer um filme sobre lobisomens, mostre um lobisomem.

Lycan tem duas ou três cenas de humor involuntário. Algumas imagens que simulam filmes antigos são legais. E também há cenas de nudez para quebrar um pouco a monotonia. Também preciso destacar a sequência de abertura, tosca e divertida. Acho até que se o diretor mantivesse o clima fanfarrão do início, Lycan poderia ter sido um bom passatempo trash. Infelizmente isso não aconteceu.

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O melhor: A cena de abertura, tosca e divertida.
O pior: O resto do filme não empolga. E cadê o lobisomem?!?

Título original: Lycan.
Gênero: Terror.
Produção: 2017.
Lançamento: 2017.
País: Estados Unidos.
Duração: 87 minutos.
Roteiro: Bev Land e Michael Mordler.
Direção: Bev Land.
Elenco: Dania Ramirez, Jake Lockett, Rebekah Graf, Parker Croft, Craig Tate, Kalia Prescott, Vanessa Angel, Gail O'Grady, Alina Puscau.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

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