Crítica | Selfie Para o Inferno (Selfie from Hell, 2018)

Alyson Walker e Meelah Adams são atormentadas por presença sobrenatural no terror baseado no curta-metragem do diretor e roteirista Erdal Ceylan

A atriz Meelah Adams em imagem do filme 'Selfie Para o Inferno', de Erdal Ceylan

Por Ed Walter

Selfie Para o Inferno é a adaptação para as telonas de um curta-metragem homônimo dirigido por Erdal Ceylan, que viralizou na internet em 2015. O próprio Ceylan assina a direção do terror sobrenatural a partir do roteiro que escreveu com Paul Burton. E a estrela do curta, Meelah Adams, faz uma participação especial.

Adams interpreta Julia, uma jovem vlogueira canadense que é abatida por uma doença misteriosa durante uma visita aos Estados Unidos. Sua prima Hannah (Alyson Walker) inicia uma pesquisa online sobre o caso e acaba mergulhando no mundo da dark web, onde irá se deparar com um terror inimaginável.

A atriz Alyson Walker em imagem do filme 'Selfie Para o Inferno', de Erdal Ceylan

Diferente de diretores como Andy Muschietti ou David F. Sandberg, que se preocuparam em criar uma mitologia aceitável quando adaptaram seus curtas Mama e Quando as Luzes se Apagam, Ceylan não tem muita coisa a oferecer além de jump scares. E ele os usa, mesmo quando não são necessários. Há jump scares quando o vento balança uma cortina, quando o telefone toca, quando alguém recebe um e-mail e até quando o navegador da web mostra um resultado de busca!


Nos raros momentos em que o roteiro tenta explicar a ameaça sobrenatural, a história não faz sentido. E com o surgimento do vilão atormentado interpretado por Ian Butcher, faz menos ainda. A maneira repentina com que o filme acaba reforça a idéia de que o diretor não sabia exatamente onde queria chegar.

A atriz Alyson Walker em imagem do filme 'Selfie Para o Inferno', de Erdal Ceylan

Não dá para elogiar o elenco porque os atores não tem material para trabalhar. Meelah Adams passa o filme inteiro desmaiada em uma cama. Alyson Walker fica sentada na frente da tela do computador, investiga barulhos e ensaia um romance que nunca sai da friend zone. E Tony Giroux parece estar ali apenas porque o filme precisa de um personagem que entenda de tecnologia.

Uma vez ou outra o som estridente pega o público desprevenido e ocasiona ligeiros pulinhos da cadeira. Mas na maior parte do tempo, minha experiência com Selfie Para o Inferno foi monótona.

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O melhor: Rever a atriz Meelah Adams, estrela do curta de 2015.
O pior: Descobrir que o filme tem pouca coisa a oferecer além de jump scares.

Título original: Selfie from Hell.
Gênero: Terror.
Produção: 2018.
Lançamento: 2018.
País: Canadá.
Roteiro: Erdal Ceylan e Paul Burton.
Direção: Erdal Ceylan.
Elenco: Alyson Walker, Tony Giroux, Meelah Adams, Ian Butcher, Tyler A.H. Smith, Shaun Morse, Matthew Graham, Stephanie Gooden, Alex Atley, Kyle Bagnall, Kelsey Curtis, Zane Heilig, Braydon Langford, Dustin Winter.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

1 Comentários

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  1. Poxa o filme é ruim mesmo hein...mas eu curto o genero vou ver mesmo assim, ótima critica!

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