Crítica | Bed of the Dead (2016)

Cama assombrada interrompe a diversão de dois casais no terror do diretor estreante Jeff Maher

Imagem do filme 'Bed of the Dead', de Jeff Maher

Por Ed Walter

O terror sobrenatural Bed of the Dead é o longa de estreia do diretor Jeff Maher, que antes havia realizado o documentário para a TV Restaurant Makeover (2005) e o curta Baptized in Blood: Last Line Lady (2012). Ele também assina o roteiro ao lado de Cody Calahan, realizador de Antisocial e Let Her Out.

A trama acompanha dois casais que decidem comemorar um aniversário organizando uma noite de sexo em um hotel decadente de fetiches. O que eles não sabem é que o quarto escolhido para ser palco de suas fantasias inconfessáveis também guarda um segredinho: uma cama assombrada, construída com a madeira de uma árvore amaldiçoada. Atormentados por alucinações, os jovens precisam descobrir uma maneira de escapar do quarto antes que tenham uma morte horrível.

Imagem do filme 'Bed of the Dead', de Jeff Maher

O filme tem uma atmosfera razoável. O trabalho de câmera é eficiente. E os efeitos práticos são convincentes. A tal cama dos mortos é capaz de identificar os pecados de suas vítimas e usá-los contra elas na forma de alucinações. Quando o móvel endemoniado decide tocar o terror, o sangue jorra com gosto. Só que esses momentos são raros. Tanto o roteiro quanto a direção aproveitam pouco da premissa trash. E não se arriscam sequer a mergulhar no terreno do exploitation, mesmo que a idéia inicial dos personagens e o cenário do hotel forneçam todos os ingredientes para isso.


Passamos boa parte do tempo acompanhando uma investigação desinteressante conduzida por Virgil (Colin Price), um policial com problemas de alcoolismo. E passamos um tempo maior ainda ouvindo conversas sobre o passado de Sandy e Nancy (Alysa King e Gwenlyn Cumyn) e seus companheiros Ren e George (Dennis Andres e George Krissa). Há uma história de redenção. Há críticas sociais. Mas diversão que é bom, temos muito pouco.

Imagem do filme 'Bed of the Dead', de Jeff Maher

A certa altura o filme faz uma ligação curiosa entre a luta de sobrevivência dos dois casais e a investigação policial. E no final há até um plot twist que tenta justificar todo o drama que veio antes. Infelizmente não funcionou para mim. Bed of the Dead até empolga nos poucos momentos em que se assume como trash. Mas entedia no restante, justamente por tentar ser sério demais.

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O melhor: Algumas cenas sangrentas.
O pior: Conversas infindáveis e investigação policial desinteressante.

Título Original: Bed of the Dead.
Gênero: Terror.
Produção: 2016.
Lançamento: 2018.
País: Canadá.
Duração: 88 minutos.
Roteiro: Cody Calahan e Jeff Maher.
Direção: Jeff Maher.
Elenco: Colin Price, Alysa King, Gwenlyn Cumyn, Dennis Andres, George Krissa, Hamza Fouad, Alex Loubert, Mary-Elizabeth Willcott, Craig Cyr, Tom Marasovic, Dwayne Bryshun, Samantha Cole.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

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