Crítica | Musa (2017)

Elliot Cowan, Ana Ularu e Franka Potente investigam mistério sobrenatural em 'Musa; adaptação do livro de José Carlos Somoza é dirigida por Jaume Balagueró

Eve Maher em imagem do filme 'Musa', de Jaume Balagueró | ©Eurovideo


O terror sobrenatural Musa é a adaptação para as telas de La dama número trece, livro de 2003 do autor José Carlos Somoza. O filme é dirigido por Jaume Balagueró, realizador do surpreendente Enquanto Você Dorme e co-diretor do aclamado [Rec]. Balagueró também assina o roteiro de Musa, em parceria com Fernando Navarro, co-roteirista de Verônica: Jogo Sobrenatural (2017).

Elliot Cowan (série As Crônicas de Frankenstein) interpreta Samuel, um professor de literatura atormentado por sonhos onde vê uma mulher sendo assassinada. As coisas ficam estranhas quando Samuel descobre que o assassinato realmente aconteceu. E ficam piores ainda quando ele é arrastado para o centro de uma trama assustadora, orquestrada por entidades sobrenaturais que, aparentemente, caminham secretamente ao lado dos humanos.


Manuela Vellés em imagem do filme 'Musa', de Jaume Balagueró | ©Eurovideo



Musa mistura drama, romance e momentos de terror, mas na maior parte do tempo funciona como um thriller de investigação. O ritmo é lento, mas o roteiro oferece uma boa dose de mistérios e reviravoltas que ajudam a manter o público preso na história. Balagueró conduz tudo com elegância, mas também não faz rodeios quando precisa mostrar cenas de nudez e sexo, ou espalhar um pouco de sangue pelos cenários.

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A ameaça sobrenatural é bem diferente do que estamos acostumados a ver, assim como seus poderes e a forma como se manifestam. A mitologia em torno das musas é bem desenvolvida. As atrizes fazem um trabalho muito bom, entregando vilãs com características únicas. O destaque fica para Joanne Whalley (série Os Bórgias), que interpreta Jacqueline, e para a estreante Eve Maher, que consegue causar alguns arrepios no papel da "Garota".

Franka Potente e Elliot Cowan em imagem do filme 'Musa', de Jaume Balagueró | ©Eurovideo


Em sua busca pela verdade, nosso traumatizado protagonista também ganha alguns aliados valorosos. Um deles é uma jovem stripper chamada Rachel (Ana Ularu, de Inferno), que também sonhou com o assassinato. A outra é Susan (a maravilhosa Franka Potente, de Plataforma do Medo), uma professora que fornece informações que permitem que Samuel tenha uma idéia da ameaça que o aguarda,

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Christopher Lloyd (De Volta Para o Futuro) faz uma participação especial como o recluso professor Bernard Rauschen. Manuela Vellés (Horas de Medo) tem pouco tempo de tela, mas está encantadora no papel de Beatriz. Cally O'Connell faz Donnie, personagem que consegue despertar a ira do espectador sem fazer muito esforço. Ele também é protagonista de um dos momentos mais violentos do filme.

Ana Ularu em imagem do filme 'Musa', de Jaume Balagueró | ©Eurovideo


Musa tem pelo menos três cenas com potencial para causar impacto. A primeira acontece no início e é chocante. A segunda acontece na metade do filme e impressiona pela sua crueza. A terceira, que acontece perto do último ato, chama a atenção por sua criatividade macabra. Balagueró não tem pressa para chegar onde precisa. Mas quem não se incomodar com isso pode se surpreender com Musa.

Nota: 7/10

Título Original: Musa.
Gênero: Terror.
Produção: 2017.
Lançamento: 2017.
País: Espanha.
Duração: 107 minutos.
Roteiro: Jaume Balagueró e Fernando Navarro.
Direção: Jaume Balagueró.
Elenco: Elliot Cowan, Franka Potente, Ana Ularu, Leonor Watling, Manuela Vellés, Joanne Whalley, Christopher Lloyd, Cally O'Connell, Eve Maher, Tighe Wardell, Mark Fitzgerald, Ciaran McGlynn.