Sam Worthington interpreta candidato a super-humano no drama sci-fi do diretor Lennart Ruff
O filme de estreia do diretor Lennart Ruff é uma ficção científica com pitadas de drama e romance ambientada no ano de 2048. Não é um bom momento para a raça humana. Escassez de recursos, guerras e desastres naturais ameaçam tornar a Terra inabitável em poucos anos. E a única esperança de salvação parece ser a exploração espacial.
O problema é que a terraformação, processo que consiste em transformar um planeta alienígena em um ambiente semelhante ao da Terra, ainda é um sonho distante. E é então que entra em cena o geneticista Martin Collingwood (Tom Wilkinson, de Risco Imediato), que quer alterar geneticamente um grupo de pessoas selecionadas para que seus corpos evoluam a ponto de sobreviver em um ambiente hostil.
Os super-humanos serão enviados para Titã, a maior Lua de Saturno. Uma das cobaias da experiência é o major Rick Janssen, interpretado por Sam Worthington (Avatar). A maior parte do filme se divide entre mostrar seu treinamento, que não é muito empolgante; e seu drama familiar, que é dolorosamente chato.
A coisa melhora um pouquinho perto do último ato. O fato do roteiro recorrer a situações já vistas em filmes que vão de A Experiência a Splice: A Nova Espécie não atrapalhou minha diversão. Já a inabilidade do diretor em criar cenas de tensão e a decisão de deixar boa parte da ação acontecer fora da tela, atrapalhou bastante. Ah, e aquele final sem sentido atrapalhou mais ainda.
Titã ganha pontos pela concepção visual discreta do futuro, pelos efeitos especiais competentes e por ensaiar algumas discussões sobre ética e religião. O elenco é esforçado, com destaque para Taylor Schilling (série Orange is the New Black). Mas no fim, a sensação que fica é mesmo de potencial desperdiçado.
Título Original: The Titan.
Gênero: Drama, mistério, romance, ficção Científica.
País: Reino Unido, Espanha, EUA.
Produção: 2018.
Lançamento: 2018.
Duração: 87 minutos.
Direção: Lennart Ruff.
Roteiro: Max Hurwitz e Arash Amel.
Elenco: Sam Worthington, Taylor Schilling, Tom Wilkinson, Agyness Deyn, Nathalie Emmanuel, Noah Jupe, Corey Johnson, Aleksandar Jovanovic, Diego Boneta, Aaron Heffernan, Alex Lanipekun, Naomi Battrick, Steven Cree, Nathalie Poza, Francesc Garrido.
O melhor: A concepção visual discreta do futuro, os efeitos especiais competentes e algumas discussões sobre ética e religião.
O pior: Demora uma eternidade para chegar onde precisa. E quando chega, não empolga.
Decepcionante...
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