Crítica | Traffik: Liberdade Roubada (Traffik, 2018)

Paula Patton e Omar Epps no papel de casal perseguido por organização envolvida com tráfico humano em 'Traffik: Liberdade Roubada', de Deon Taylor


Omar Epps e Paula Patton como John e Brea no filme 'Traffik: Liberdade Roubada'
Omar Epps e Paula Patton como John e Brea no filme 'Traffik: Liberdade Roubada', de Deon Taylor | Foto: Scott Everett White/Codeblack Films


Traffik: Liberdade Roubada é um filme de suspense sobre um casal que entra em rota de colisão com uma gangue envolvida com tráfico humano. É o novo trabalho do diretor Deon Taylor, realizador de Meet the Blacks e Nite Tales: The Movie. O longa é estrelado por Paula Patton (Sobre Ontem à Noite) e Omar Epps (À Beira da Loucura). Deon Taylor também é responsável pelo roteiro.

Patton interpreta Brea, uma jornalista que aceita o convite do namorado, John (Epps), para passar um final de semana romântico em uma casa isolada nas montanhas do norte da Califórnia. Os planos do casal são interrompidos quando seu amigo e dono da casa, Darren (Laz Alonzo, de Sob o Domínio do Medo) resolve se juntar aos dois acompanhado da namorada Malia (Roselyn Sanchez, da série Devious Maids).

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Mas a visita inconveniente será o menor dos problemas do casal. Sem saber, Brea pode estar de posse de informações que revelam a existência de uma rede de tráfico de mulheres que atua na região. Nem é preciso dizer que para manter suas atividades em segredo, os criminosos estão dispostos a eliminar quem encontrar pela frente.

Omar Epps e Laz Alonso como John e Darren no filme 'Traffik: Liberdade Roubada'
Omar Epps e Laz Alonso como John e Darren no filme 'Traffik: Liberdade Roubada', de Deon Taylor | Foto: Scott Everett White/Codeblack Films


Quem conhece o trabalho do diretor Deon Taylor sabe que ele gosta de cenas glamourosas, e essa regra também se aplica aqui. A trilha sonora animada e a fotografia atraente garantem um clima de videoclip à metade inicial do filme, e isso ajuda a nos distrair até que a história chegue onde precisa e Traffik: Liberdade Roubada se assuma como um suspense B de invasão domiciliar nos moldes clássicos.

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Mesmo assim, a jornada até lá é um pouco cansativa. Para se ter uma idéia, o primeiro ato se estende por mais de 40 minutos. Tirando uma boa sequência envolvendo uma discussão com motoqueiros em um posto de gasolina, e uma perseguição levemente empolgante, não acontece muita coisa interessante nesse período.

Luke Goss como Red do filme 'Traffik: Liberdade Roubada'
Luke Goss como Red do filme 'Traffik: Liberdade Roubada', de Deon Taylor | Foto: Scott Everett White/Codeblack Films


A verdade é que boa parte das subtramas não levam a luga algum, e a única que se beneficia com o melodrama estendido é Paula Patton, cuja personagem Brea acaba ganhando um certo desenvolvimento que será útil para os eventos da metade final. A atriz se revela uma boa scream queen, e mostra que também pode encarnar uma final girl de respeito quando a história pede.

Roselyn Sanchez está carismática como Malia, mas a personagem não tem tanto tempo na tela. Dawn Olivieri (O Último Caçador de Bruxas) faz uma participação rápida mas importante como Cara, personagem que dá início aos eventos sombrios do filme. Epps e Alonzo não se destacam tanto, mas a culpa é menos dos atores e mais do roteiro que não entrega material suficiente para trabalharem.

Roselyn Sanchez e Paula Patton como Brea e Malia no filme 'Traffik: Liberdade Roubada'
Roselyn Sanchez e Paula Patton como Brea e Malia no filme 'Traffik: Liberdade Roubada', de Deon Taylor | Foto: Scott Everett White/Codeblack Films


Depois que decola, Traffik: Liberdade Roubada se torna um passeio divertido, com direito a algumas cenas de violência bem filmadas. Obviamente os confrontos não estão livres de clichês do gênero, como personagens tomando uma quantidade invejável de decisões questionáveis. Mas como o final é empolgante, dá para relevar a maioria delas.

Nota: 5.9/10

Título original: Traffik.
Gênero: Suspense, terror.
Lançamento: 2018.
País: Estados Unidos.
Duração: 96 minutos.
Roteiro: Deon Taylor.
Direção: Deon Taylor.
Elenco: Paula Patton, Omar Epps, Roselyn Sanchez, Laz Alonso, Missi Pyle, William Fichtner, Dawn Olivieri, Luke Goss.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

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