Crítica | Festival sangrento (Blood Fest, 2018)

Festival de filmes de terror vira banho de sangue no novo filme do diretor e roteirista Owen Egerton


Imagem do filme 'Festival sangrento'
Arte do filme 'Festival Sangrento', de Owen Egerton


Festival Sangrento é uma comédia de terror sobre jovens que participam de um festival dedicado aos filmes do gênero e são arrastados para uma situação... sangrenta. É o novo trabalho do diretor Owen Egerton, que em 2015 entregou o suspense Follow. Egerton também assina o roteiro.

O filme começa com um flashback onde o garoto Dax vê sua mãe sendo assassinada por um homem mascarado em uma noite de Halloween. Anos mais tarde, já adolescente, ele ignora os conselhos do pai (que acredita que os filmes de terror influenciaram as ações do assassino), e vai participar de um festival de proporções gigantescas que celebra os grandes filmes do gênero. O que Dax não imaginava é que os organizadores do Blood Fest guardam surpresas desagradáveis para seus convidados.

$ads={1}

Festival Sangrento tem um primeiro ato promissor. Os personagens são apresentados com relativa rapidez e competência, e logo presenciamos o primeiro massacre. Os cenários são variados. E também não falta variedade quando o assunto são inimigos sanguinários. Temos psicopatas carregando serras-elétricas, zumbis, palhaços assassinos, vampiras sensuais, gente possuída, freiras demoníacas e até garotas fantasmas cabeludas, no melhor estilo do j-horror.

Imagem do filme 'Festival sangrento'
Imagem do filme 'Festival Sangrento', de Owen Egerton | ©Rooster Teeth Productions


Egerton brinca com as regras do gênero, entrega uma boa quantidade de referências e nos presenteia com efeitos práticos e digitais sangrentos e divertidos. O que ele não faz tão bem é encontrar o equilíbrio entre o terror e a comédia.  As piadas acabam anulando o impacto de muitas cenas, e o resultado é um filme que raramente pega embalo.

$ads={2}

O elenco se esforça, mas os personagens parecem não falar a mesma língua. Robbie Kay (série Sleepy Hollow) e Seychelle Gabriel (série Falling Skies) levam tudo a sério demais nos papéis dos protagonistas Dax e Sam. Jacob Batalon (Homem-Aranha: De Volta ao Lar) exagera demais na comédia no papel de Krill, o garoto virgem que, segundo a tradição do gênero, tem chances de sobreviver no final.

Imagem do filme 'Festival sangrento'
Imagem do filme 'Festival Sangrento', de Owen Egerton | ©Rooster Teeth Productions


Chris Doubek (Sick of it All) não faz muita coisa como Hinckley, um ator de filmes de terror fictícios que também é o ídolo de Dax. E Tate Donovan (Meu Nome é Ray) entrega um vilão com planos mirabolantes. Aliás, mesmo não levando o filme a sério, é difícil engolir a revelação espalhafatosa que acontece no final.

O destaque fica para participação de Zachary Levi (série Alias Grace), que aparece em uma cena hilária interpretando ele mesmo. E para Barbara Dunkelman (série Camp Camp), que consegue transformar a aspirante a scream queen Ashley na melhor personagem do filme. Ashley também foi a única que eu torci para que sobrevivesse no final.

★★★★★★

Título original: Blood Fest.
Gênero: Comédia, terror.
Produção: 2018.
Lançamento: 2018.
País: Estados Unidos.
Duração: 92 minutos.
Roteiro: Owen Egerton.
Direção: Owen Egerton.
Elenco: Robbie Kay, Jacob Batalon, Seychelle Gabriel, Barbara Dunkelman, Chris Doubek, Nicholas Rutherford, Tate Donovan, Owen Egerton, Rebecca Lynne Loftin, Byron Brown, Tristan Riggs, Olivia Grace Applegate, Christina Parrish, Adam Ellis, Paul Ogola, Lynn Andrews III, Samantha Ireland, Geoff Ramsey, Josh Ornelas, Gavin Free, Zachary Levi.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

2 Comentários

Antes de serem publicados, os comentários serão revisados.

  1. Acabei de assistir e realmente a sensação é de que falta alguma coisa, o filme não me empolgou em nada

    ResponderExcluir
Postagem Anterior Próxima Postagem