Crítica | Por um Corredor Escuro (Down a Dark Hall, 2018)

AnnaSophia Robb tenta desvendar os mistérios de um internato assombrado no terror adolescente do diretor Rodrigo Cortés


Imagem do filme 'Por um Corredor Escuro'
Arte do filme 'Por um Corredor Escuro', de Rodrigo Cortés


Por um Corredor Escuro é o novo trabalho do diretor Rodrigo Cortés, realizador de Poder Paranormal e Enterrado Vivo. O longa produzido por Stephenie Meyer é a adaptação do romance gótico de 1974 de Lois Duncan, cujas obras deram origem a filmes como o slasher Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado.

AnnaSophia Robb (A Colheita do Mal) interpreta Kit, uma adolescente rebelde que é expulsa da escola devido a seu temperamento explosivo. Ela recebe uma segunda chance ao ser aceita no misterioso internato Blackwood, uma instituição que conta com um grupo muito seleto de alunas.

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Blackwood é dirigido por Madame Duret (Uma Thurman, de A Casa que Jack Construiu), que acredita que cada uma de suas alunas tem um dom escondido esperando para ser revelado. Kit descobrirá que os corredores escuros do internato também escondem algumas surpresas. Só que elas não são muito agradáveis.

Imagem do filme 'Por um Corredor Escuro'
Imagem do filme 'Por um Corredor Escuro', de Rodrigo Cortés


O filme foi escrito por Michael Goldbach e Chris Sparling. O roteiro apresenta algumas subtramas desinteressantes, incluindo um romance chato que não leva a lugar algum. Mas felizmente ele também entrega uma boa quantidade de mistérios que conseguem manter o público interessado na história. Mesmo não estando à altura de toda a expectativa gerada, as respostas apresentadas no último ato têm potencial para surpreender.

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A direção de Cortés não ousa muito, até porque a classificação indicativa PG-13 limita seu trabalho. Não há nenhum momento particularmente tenso ou assustador, mesmo quando o filme mira no terror sobrenatural. Mas pelo menos o diretor entrega cenários muito bem cuidados que, assim como a trilha sonora, contribuem para criar o clima gótico que a história precisa. Os efeitos digitais funcionam bem. Menos no último ato, quando a coisa fica meio artificial.

Imagem do filme 'Por um Corredor Escuro'
Uma Thurman em imagem do filme 'Por um Corredor Escuro', de Rodrigo Cortés


AnnaSophia Robb faz um bom trabalho como a protagonista. O elenco ainda conta com nomes conhecidos do cinema fantástico, como Isabelle Fuhrman (A Órfã), Victoria Moroles (série Teen Wolf), Taylor Russell (Escape Room) e Rosie Day (Vingança Muda). Mas é claro que Uma Thurman é quem rouba o show.

Por um Corredor Escuro é indicado para o público adolescente ou para quem busca uma obra mais voltada para o mistério. Mas mesmo se esse não for o seu caso, acredito que dá para se divertir um pouco se você assistir com a expectativa baixa.

Título original: Down a Dark Hall.
Gênero: Drama, mistério, terror.
Produção: 2018.
Lançamento: 2018.
Pais: Espanha, Estados Unidos.
Duração: 96 minutos.
Roteiro: Michael Goldbach e Chris Sparling.
Direção: Rodrigo Cortés.
Elenco: AnnaSophia Robb, Uma Thurman, Isabelle Fuhrman, Victoria Moroles, Noah Silver, Taylor Russell, Rosie Day, Rebecca Front, Jodhi May, Pip Torrens, Kirsty Mitchell, Jim Sturgeon, David Elliot, Brian Bovell.

O melhor: Os mistérios, os cenários, a trilha sonora e a presença de Uma Thurman.
O pior: A classificação indicativa PG-13 limita bastante o trabalho do diretor.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

1 Comentários

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  1. Crítica preciosista e elaborada com o intuito de elencar defeitos nos mínimos detalhes. Esqueceu de comentar que não é um filme clichê e tantas outras qualidades. " Mas pelo menos ele entrega cenários muito bem cuidados que, assim como a trilha sonora, contribuem para criar o clima gótico que a história precisa.". Vixe, nada mais pessoal que esse comentário. Precisa por que? Por que não te agradou? Nada como ficar em cima do muro, sem se decidir se gostou ou não para dar aquele arzinho de intelectual. Isso sim, clichê

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