Bea Alonzo interpreta orientadora educacional em escola católica assombrada no terror de Mikhail Red
Por Ed Walter
Ambientado na década de 1990, o novo filme do diretor Mikhail Red acompanha Pat Consolacion (Bea Alonzo), a orientadora educacional da escola católica de St. Lucia, nas Filipinas. O lugar é marcado por histórias sinistras. Dizem que, muitos anos atrás, uma menina chamada Erika (Gillian Vivencio) se enforcou no banheiro. E dizem até que seu fantasma ainda assombra o lugar, no melhor estilo daquela famosa moça loira que, de acordo com a lenda urbana, costuma passear pelos banheiros dos colégios brasileiros também.
O que nem as alunas medrosas e nem as freiras sisudas que caminham pelos corredores sombrios de St. Lucia sabem é que a recatada conselheira possui dons mediúnicos. E ela se sente feliz em poder ver, conversar e até aconselhar espíritos, alguns nervosos, outros apenas confusos. Quando outra garota morre na escola, Pat decide usar o dom sobrenatural para solucionar o mistério. Mas as respostas que a aguardam podem ser mais assustadoras do que ela esperava.
Por já estar familiarizada com o reino sobrenatural, Pat raramente se impressiona com o que vê. Mas apesar da atuação contida, Bea Alonzo entrega uma personagem simpática. Gostei principalmente da maneira com que seus poderes mediúnicos são apresentados, de seus insistentes passeios por corredores escuros e de suas discussões com Alice (Charo Santos), a diretora abusiva e sempre mal humorada da escola.
Gabby Padilla interpreta Joyce, uma garota com um passado traumático que passa a ser a protegida de Pat e serve como combustível para que nossa heroína siga em frente em sua jornada, tanto no mundo físico quanto no espiritual. Jake Cuenca interpreta Julian, um policial que investiga as mortes na escola. E Maxene Magalona faz a irmã Mia, que ajuda Pat a solucionar os mistérios de St. Lucia.
Gabby Padilla interpreta Joyce, uma garota com um passado traumático que passa a ser a protegida de Pat e serve como combustível para que nossa heroína siga em frente em sua jornada, tanto no mundo físico quanto no espiritual. Jake Cuenca interpreta Julian, um policial que investiga as mortes na escola. E Maxene Magalona faz a irmã Mia, que ajuda Pat a solucionar os mistérios de St. Lucia.
Imagem do filme 'Testemunha Fantasma', de Mikhail Red |
A trama fantasmagórica tem muita atmosfera. A fotografia às vezes se aproxima do preto e branco, dando ao filme um toque de produção antiga. No início o diretor consegue criar uma certa tensão e até entrega alguns sustos eficientes. Mas logo os jump scares se tornam previsíveis. E depois de tantas aparições, ao invés de assustar, os fantasmas tornam-se apenas incômodos.
O fato de abordar assuntos como bullying, conflitos familiares, saúde mental e punições corporais talvez agrade quem busca por algo mais complexo. Mas o ritmo lento e os sustos telegrafados acabaram me entendiando. E nem a surpresa final foi capaz de trazer de volta a empolgação que, antes mesmo da metade do filme, eu já havia perdido.
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O melhor: Atmosfera sombria e algumas cenas arrepiantes.
O pior: A lentidão cansa. E o excesso de jump scares também.
Título original: Eerie.
Gênero: Terror.
Produção: 2018.
Lançamento: 2019.
Pais: Filipinas, Singapura.
Duração: 101 minutos.
Roteiro: Mariah Reodica, Mikhail Red, Rae Red.
Direção: Mikhail Red.
Elenco: Bea Alonzo, Charo Santos-Concio, Jake Cuenca, Maxene Magalona, Mary Joy Apostol, Gabby Padilla, Gillian Vicencio, Nafa Hilario-Cruz.
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