Crítica | Nunca Diga Seu Nome (The Bye Bye Man, 2017)

Douglas Smith e Cressida Bonas despertam presença sobrenatural maligna no terror de Stacy Title

Jenna Kanell em imagem do filme 'Nunca Diga Seu Nome', de Stacy Title

Por Ed Walter

O terror sobrenatural Nunca Diga Seu Nome é baseado no conto The Bridge to Body Island, do pesquisador de fenômenos paranormais Robert Damon Schneck, que por sua vez é inspirado em um alegado caso real que teria ocorrido em 1990. A direção é de Stacy Title, responsável por filmes como O Último Jantar e A Morte se Veste de Negro.

Douglas Smith interpreta Elliot, um rapaz que se muda para uma casa antiga acompanhado da namorada Sasha (Cressida Bonas) e do melhor amigo John (Lucien Laviscount). A presença dos três desperta uma terrível ameaça: uma entidade sobrenatural conhecida como Bye Bye Man, que persegue qualquer pessoa que pronuncie seu nome. Aliás, não precisa nem pronunciar. Basta pensar no nome do cara, e ele vai aparecer para te assombrar.

Imagem do filme 'Nunca Diga Seu Nome'
Douglas Smith e Cressida Bonas em imagem do filme 'Nunca Diga Seu Nome', de Stacy Title

O filme abre com uma sequência tensa, muito bem dirigida, ambientada na década de 1960. Mesmo quando a ação pula para a época atual, Title continua criativa com a câmera, principalmente nas cenas internas. Os efeitos práticos funcionam bem, e até proporcionam alguns momentos sangrentos. Já os digitais, como é comum na maioria dos filmes de terror, só atrapalham.

A diretora faz um bom trabalho na criação de suspense, enquanto o roteiro de Jonathan Penner cuida de fornecer detalhes que vão dando uma dimensão grandiosa à ameaça. É claro que muitos poderão se entediar, já que Title gasta tempo demais desenvolvendo a mitologia do vilão ao invés de partir logo para a ação. Mas eu realmente gostei desses momentos de preparação.

Jenna Kanell e Douglas Smith em imagem do filme 'Nunca Diga Seu Nome', de Stacy Title

Infelizmente isso também se revela o ponto fraco do filme. Cria-se tanta expectativa com relação ao vilão interpretado por Doug Jones (A Forma da Água), que quando ele aparece acaba não sendo tudo aquilo. Na verdade ele está bem abaixo do esperado. E tudo culmina em um terceiro ato fraco. Há alguns eventos inesperados nos minutos finais. Mas não aliviam a sensação de que o potencial da história foi desperdiçado.

Carrie-Anne Moss (Matrix) e Faye Dunaway (Chinatown) fazem participações especiais, mas têm pouco espaço na trama. O trio de protagonistas fica devendo um pouco de carisma. E no fim, a única para quem torci foi Kim (Jenna Kanell, de Terrifier), uma garota sensitiva que acaba sendo arrastada para o meio da trama sobrenatural.

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O melhor: O filme promete um vilão assustador.
O pior: O filme não entrega um vilão assustador.
A versão que eu vi foi a: 'Unrated', que tem quatro minutos de cenas extras.

Título original: The Bye Bye Man.
Gênero: Terror.
Produção: 2017.
Lançamento: 2017.
Pais: Estados Unidos, China.
Duração: 100 minutos.
Roteiro: Jonathan Penner.
Direção: Stacy Title.
Elenco: Douglas Smith, Lucien Laviscount, Cressida Bonas, Jenna Kanell, Doug Jones, Michael Trucco, Erica Tremblay, Marisa Echeverria, Cleo King, Faye Dunaway, Carrie-Anne Moss, Leigh Whannell, Keelin Woodell, Lara Knox, Jonathan Penner.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

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