Crítica | Zombeavers - Terror no Lago (Zombeavers, 2014)

Lexi Atkins, Cortney Palm e Rachel Melvin têm seu final de semana só para garotas interrompido pela chegada de castores zumbis (!) na comédia de terror de Jordan Rubin


Imagem do filme 'Zombeavers - Terror no Lago', de Jordan Rubin


The Drone
, o novo filme do diretor Jordan Rubin, será lançado em breve em plataformas de Video on Demand. Nada mais justo do que aproveitar a oportunidade para falar de seu trabalho anterior: Zombeavers - Terror no Lago, tosqueira insanamente divertida lançada em 2014, que se tornou um de meus guilty pleasures favoritos.

O roteiro que Rubin escreveu em parceria com Al Kaplan e Jon Kaplan segue à risca as regras do subgênero slasher: um grupo de jovens vai passar um final de semana em uma cabana remota qualquer, e se deparam com uma ameaça mortal. Só que dessa vez os inimigos não são assassinos mascarados. São castores.

Imagem do filme 'Zombeavers - Terror no Lago', de Jordan Rubin


Ok, não são castores comuns. E a culpa é de Joseph e Luke (numa participação hilária de Bill Burr e John Mayer), dois motoristas trapalhões que deixam cair no rio um latão cheio de produtos químicos. Atingidos pela fórmula verde misteriosa, os castores fofinhos da região se transformam em castores zumbis comedores de carne humana. Ah, e a mordida dos monstrinhos pode fazer as pessoas se transformarem em castores zumbis humanos.

Enquanto o terror se espalha pelo reino animal, somos apresentados a Jenn (Lexi Atkins), uma jovem que acabou de descobrir que estava sendo traída pelo namorado. Para curar a sofrência, Jenn viaja com as amigas Zoe e Mary (Cortney Palm e Rachel Melvin) para uma casa na floresta onde passará um fim de semana só para garotas. É claro que seus respectivos namorados não demoram para aparecer por lá. E os castores zumbis também, o que faz com que o passeio tenha emoções bem variadas.

Rachel Melvin, Lexi Atkins e Cortney Palm em imagem de 'Zombeavers - Terror no Lago', de Jordan Rubin


Jake Weary, Peter Gilroy e Hutch Dano interpretam os namorados inconvenientes Tommy, Buck e Sam. Outros personagens fazem aparições rápidas, como o caçador Smyth, que está sempre lembrando nossas heroínas de que elas não estão devidamente trajadas para a vida no campo; e o casal Myrna e Winston, que mora em uma casa próxima que serve de refúgio para alguns personagens quando o caos toma conta de seu esconderijo.


Acabei rindo bastante de todos os personagens, mas me diverti especialmente com as protagonistas. Jenn é a clássica garota boazinha que parece estar destinada a se tornar final girl. Mary é a garota organizada, que fica magoada porque as amigas levaram os celulares para a reunião. E Zoe é a garota extrovertida que passeia de topless na floresta mas, estranhamente, fica envergonhada quando está sendo observada por um urso. O roteiro brinca por um tempo com esses estereótipos. E eu confesso que fiquei surpreso quando ele muda as regras do jogo e nos leva por um caminho onde fica difícil dizer quem vai sobreviver no final.

Cortney Palm em imagem de 'Zombeavers - Terror no Lago', de Jordan Rubin


Zombeavers poderia funcionar muito bem como um slasher. Ou como um filme normal de zumbis. Mas é a inclusão dos castores que dá o toque trash que a obra precisava para se destacar. O uso de bonecos animatrônicos toscos deixa as cenas insanamente ridículas e divertidas, algo que provavelmente não seria possível se o diretor usasse CGI. Ah, e se você é fã de gore, fique tranquilo porque o sangue falso jorra em doses satisfatórias.

O filme tem uma cena pós-crédito, que mostra alguns erros de filmagens. E uma segunda cena, que abre as portas para uma sequência. Ela ainda não foi filmada. Mas eu estou torcendo para que Rubin corrija logo essa injustiça.

Nota: 7/10

Título original: Zombeavers.
Gênero: Comédia, terror.
Produção: 2014.
Lançamento: 2015.
Pais: Estados Unidos.
Duração: 77 minutos.
Roteiro: Jordan Rubin, Al Kaplan, Jon Kaplan.
Direção: Jordan Rubin.
Elenco: Rachel Melvin, Cortney Palm, Lexi Atkins, Hutch Dano, Jake Weary, Peter Gilroy, Rex Linn, Brent Briscoe, Phyllis Katz, Robert R. Shafer, Bill Burr, John Mayer, Jordan Rubin, Sonny Tanning, Fred Tatasciore.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

1 Comentários

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  1. Divertidíssimoo! Dei muitas gargalhadas do início ao fim das cenas ridículas e sem sentido....mas valeu! Cumpre com maestria a parte do entretenimento....no geral não deve ser levado a sério...kkkk....mas engana-se em cheio quem acha que é um filme ruim.

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