Crítica | Continue Assistindo (Keep Watching, 2017)

Bella Thorne é forçada a participar de um jogo de vida e morte no filme de estreia do diretor Sean Carter

Bella Thorne em imagem do filme 'Continue Assistindo', de Sean Carter

Por Ed Walter

O filme de estreia do diretor Sean Carter acompanha uma família que tem a casa invadida por um grupo de pessoas mascaradas e é forçada a participar de um jogo sádico de vida e morte. Enquanto são caçados (e eliminados) pelos invasores misteriosos, o tormento deles é transmitido online para pessoas de todo o mundo, que não sabem que estão assistindo a mortes reais.


O filme não é exatamente um found footage, mas o diretor usa técnicas que fazem com que ele se aproxime desse subgênero. Tudo é mostrado através de câmeras estáticas posicionadas em locais estratégicos da casa. E em drones que, vez por outra, aparecem por lá para infernizar um pouco mais a vida da família. Isso coloca o público no papel de cúmplice — um voyeur que, assim como os outros internautas fictícios, está acompanhando a transmissão online dos criminosos.

Chandler Riggs, Natalie Martinez e Bella Thorne em imagem do filme 'Continue Assistindo', de Sean Carter

Só que esse recurso também tira a credibilidade de algumas cenas. Há câmeras dentro de um taser. Há uma outra em um ventilador que os criminosos conseguem controlar à distância. Elas aparecem do nada, amarradas em balões. E as danadinhas estão até mesmo dentro de um forno microondas! Também há câmeras nos banheiros. Mas não, você não vai ver Bella Thorne pelada. Tudo é muito comportadinho aqui. E quando um personagem tira a roupa, um objeto aparece descaradamente na frente para bloquear nossa visão.


Ioan Gruffudd (UnReal) e Natalie Martinez (Kingdom) interpretam o casal Adam e Nicole. Nenhum deles recebe o desenvolvimento adequado, e provavelmente você não vai se importar com eles. O mesmo pode ser dito de Chandler Riggs (The Walking Dead). Leigh Whannell (Sobrenatural: A Última Chave) está divertido no papel de Matt, mas tem pouco tempo em cena. E Bella Thorne (Amityville: O Despertar) é novamente prejudicada pelo roteiro que a coloca no papel de adolescente chata e desperdiça seu potencial de final girl.

Bella Thorne em imagem do filme 'Continue Assistindo', de Sean Carter

O filme demora um pouco pagar embalo. E quando pega, não empolga muito. As cenas de violência são leves. A tensão é praticamente inexistente. E as coisas só começam a ficar interessantes no último ato, quando a família começa a reagir. Infelizmente a ação passa a ser mostrada a partir de câmeras instaladas nas máscaras de alguns personagens, e o resultado são imagens bagunçadas. Há um plot twist no final. Mas ele é previsível.

Continue Assistindo não chega a ser um péssimo filme. Mas você vai ter que se esforçar um pouco para se divertir aqui.


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O melhor: O estilo das filmagens é curioso. E tem Bella Thorne.
O pior: Falta ritmo e ousadia.


Título original: Keep Watching.
Gênero: Suspense, Terror.
Produção: 2017.
Lançamento: 2017.
País: Estados Unidos.
Duração: 89 minutos.
Roteiro: Joseph Dembner.
Direção: Sean Carter. 
Elenco: Bella Thorne, Chandler Riggs, Jared Abrahamson, Ioan Gruffudd, Natalie Martinez, Matthew Willig, Christopher James Baker.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

7 Comentários

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  1. Bosta de filme consegue ser pior que bruxa blair

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  2. Gostei mais de Não Desligue

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  3. Sinceramente, o filme deixa muito a desejar, talvez seja por que é um início de uma trilogia, ou sequência de filmes, que nos darão mais a entender nos próximos, e o final desse. Dá ao público à entender que haverá uma continuação, e espero, pois o final é muito desconjuntado e é necessário uma continuação para anexar tudo em seu devido lugar. Mais uma vez podemos ver Bella Thorne em sua sequência de filmes de terror, que é incrível, desde seu trabalho na Disney ela só vem melhorando.

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  4. Melhor nem começar a assistir, péssimo!

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  5. Vdd mn, ela nem chorou com a morte do pai muito menos o DJ

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