Mortos-vivos cegos aterrorizam monastério no terror do diretor espanhol Amando de Ossorio
Carmen Yazalde em imagem do filme 'A Noite do Terror Cego', de Amando de Ossorio |
Em 1972, o diretor espanhol Amando de Ossorio resolveu dar sua contribuição para os filmes de mortos-vivos. Pegou alguns conceitos do clássico A Noite dos Mortos-Vivos, de George Romero, acrescentou idéias tiradas dos contos do escritor Adolfo Bécuqer e temperou com cenas de sexo, nudez gratuita e gore. Ossorio também retirou os olhos dos zumbis. E deu a eles alguns cavalos.
O resultado é A Noite do Terror Cego, clássico do cinema B que deu origem a três outros filmes: O Retorno dos Mortos-Vivos (El ataque de los muertos sin ojos, 1973), O Galeão Fantasma (El buque maldito, 1974) e A Noite das Gaivotas (La noche de las gaviotas, 1975). Se você é fã desse sub-gênero e não conhece o trabalho de Ossorio, essa é uma boa oportunidade para fazer isso.
Virginia (María Elena Arpón) é uma jovem que viaja de trem da Espanha para Portugal, na companhia do crush Roger (César Burner) e da amiga Betty (Lone Fleming), com quem teve um caso na época do colégio. No meio do caminho ela tem uma crise de ciúmes e resolve saltar do trem em pleno movimento. Suas andanças a levam até as ruínas de um monastério medieval, e ela acha que é uma boa idéia acampar por lá para fumar um cigarrinho, ouvir música, ler um livro e tirar a roupa.
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O resultado é A Noite do Terror Cego, clássico do cinema B que deu origem a três outros filmes: O Retorno dos Mortos-Vivos (El ataque de los muertos sin ojos, 1973), O Galeão Fantasma (El buque maldito, 1974) e A Noite das Gaivotas (La noche de las gaviotas, 1975). Se você é fã desse sub-gênero e não conhece o trabalho de Ossorio, essa é uma boa oportunidade para fazer isso.
María Elena Arpón em imagem do filme 'A Noite do Terror Cego', de Amando de Ossorio |
Virginia (María Elena Arpón) é uma jovem que viaja de trem da Espanha para Portugal, na companhia do crush Roger (César Burner) e da amiga Betty (Lone Fleming), com quem teve um caso na época do colégio. No meio do caminho ela tem uma crise de ciúmes e resolve saltar do trem em pleno movimento. Suas andanças a levam até as ruínas de um monastério medieval, e ela acha que é uma boa idéia acampar por lá para fumar um cigarrinho, ouvir música, ler um livro e tirar a roupa.
O que nossa heroína sensível não sabe é que o monastério é o local de repouso de templários mortos-vivos que, apesar de cegos, conseguem andar a cavalo em câmera lenta. E como todas as noites eles se levantam dos túmulos para perseguir e beber o sangue de intrusos, nem é preciso dizer que o passeio de Virginia será desagradável.
Como não dá para fazer um filme de terror apenas mostrando uma garota fugindo de mortos-vivos durante 83 minutos (ou 101, se você tiver a sorte de conseguir assistir a versão sem cortes), o roteiro trata de colocar novos personagens em cena. Roger e a amiga falsiane Betty dão uma passadinha nas ruínas à procura da jovem fujona. O contrabandista bigodudo Pedro (José Thelman) e sua namorada Nina (Verónica Llimerá) se juntam à jornada. Todos terão batalhas empolgantes contra os mortos-vivos cegos.
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Tá bom, as batalhas não são tão empolgantes assim. Na verdade, as coreografias são duvidosas e, na maior parte do tempo, as vítimas ficam paradas enquanto os mortos se aproximam. Elas também gritam muito, o que é uma péssima estratégia contra inimigos que caçam através do som. Mas é essa tosqueira que deixa o filme tão divertido. Amei o visual dos vilões com suas roupas maltrapilhas e sua aparência esquelética. Também gostei da trilha sonora macabra. E, em especial, dos efeitos práticos, que entregam muito mais sangue do que se esperaria de uma produção dos anos 70.
Destaque para a cena em que uma das personagens volta à vida no necrotério, que acabou sendo copiada em uma infinidade de filmes. E para o flashback que revela a origem dos mortos-vivos cegos, com a participação da bela Carmen Yazalde, uma das musas do diretor Jesús Franco. Esses dois momentos também ajudam a levantar uma pergunta muito comum em filmes sobre mortos-vivos: os inimigos aqui são zumbis ou vampiros? Quem já assistiu, deixe sua opinião.
Imagem do filme 'A Noite do Terror Cego', de Amando de Ossorio |
Como não dá para fazer um filme de terror apenas mostrando uma garota fugindo de mortos-vivos durante 83 minutos (ou 101, se você tiver a sorte de conseguir assistir a versão sem cortes), o roteiro trata de colocar novos personagens em cena. Roger e a amiga falsiane Betty dão uma passadinha nas ruínas à procura da jovem fujona. O contrabandista bigodudo Pedro (José Thelman) e sua namorada Nina (Verónica Llimerá) se juntam à jornada. Todos terão batalhas empolgantes contra os mortos-vivos cegos.
Tá bom, as batalhas não são tão empolgantes assim. Na verdade, as coreografias são duvidosas e, na maior parte do tempo, as vítimas ficam paradas enquanto os mortos se aproximam. Elas também gritam muito, o que é uma péssima estratégia contra inimigos que caçam através do som. Mas é essa tosqueira que deixa o filme tão divertido. Amei o visual dos vilões com suas roupas maltrapilhas e sua aparência esquelética. Também gostei da trilha sonora macabra. E, em especial, dos efeitos práticos, que entregam muito mais sangue do que se esperaria de uma produção dos anos 70.
María Elena Arpón em imagem do filme 'A Noite do Terror Cego', de Amando de Ossorio |
Destaque para a cena em que uma das personagens volta à vida no necrotério, que acabou sendo copiada em uma infinidade de filmes. E para o flashback que revela a origem dos mortos-vivos cegos, com a participação da bela Carmen Yazalde, uma das musas do diretor Jesús Franco. Esses dois momentos também ajudam a levantar uma pergunta muito comum em filmes sobre mortos-vivos: os inimigos aqui são zumbis ou vampiros? Quem já assistiu, deixe sua opinião.
Nota: 6.4/10
Título original: La noche del terror ciego.
Gênero: Terror
Produção: 1972.
Lançamento: 1972.
País: Espanha, Portugal.
Duração: 101 minutos / 83 minutos (editado).
Roteiro: Jesús Navarro Carrión e Amando de Ossorio.
Direção: Amando de Ossorio.
Elenco: Lone Fleming, César Burner, María Elena Arpón, José Thelman, Rufino Inglés, Verónica Llimerá, Simón Arriaga, Francisco Sanz, Juan Cortés, Andrés Isbert, Antonio Orengo, José Camoiras, María Silva.
Gênero: Terror
Produção: 1972.
Lançamento: 1972.
País: Espanha, Portugal.
Duração: 101 minutos / 83 minutos (editado).
Roteiro: Jesús Navarro Carrión e Amando de Ossorio.
Direção: Amando de Ossorio.
Elenco: Lone Fleming, César Burner, María Elena Arpón, José Thelman, Rufino Inglés, Verónica Llimerá, Simón Arriaga, Francisco Sanz, Juan Cortés, Andrés Isbert, Antonio Orengo, José Camoiras, María Silva.
Adorei os três filmes achei todos muito bons. Grato por esse site, pois por meio dele fiquei sabedor do nome do filme que eu procurava, não achava e também fiquei a par das outros dois filmes que dão continuação da primeira história.
ResponderExcluirLançaram um quinto filme em 2020, mas não tem o mesmo charme dos antigos. Se você se interessar, está disponível no Brasil com o título de 'A Maldição dos Templários'.
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