Crítica | A Marca do Demônio (La Marca del Demonio, 2020)

Arantza Ruiz e Nicolasa Ortíz Monasterio interpretam irmãs aterrorizadas por força sobrenatural no novo filme do diretor Diego Cohen

Imagem do filme 'A Marca do Demônio', de Diego Cohen
Imagem do filme 'A Marca do Demônio', de Diego Cohen

Diego Cohen, o homem por trás de Romina, volta a atacar com o terror sobrenatural A Marca do Demônio. Seu novo filme reúne ingredientes de O Exorcista, de A Morte do Demônio e de O Dia da Besta. Faz referências constantes à obra de H.P. Lovecraft. Mas o resultado da salada não é dos mais apetitosos, não.

Arantza Ruiz e Nicolasa Ortíz Monasterio interpretam Camila e Fernanda De La Cueva, duas irmãs adolescentes que encontram um suposto livro antigo de encantamentos e resolvem ler aquelas letrinhas em latim que estão presentes em qualquer livro antigo de encantamentos que se preze. Será que elas vão libertar forças sobrenaturais que colocarão suas vidas em perigo? Spoiler alert: sim, elas vão.

Imagem do filme 'A Marca do Demônio', de Diego Cohen
Imagem do filme 'A Marca do Demônio', de Diego Cohen

Enquanto nossas heroínas lidam com a encrenca sobrenatural, entram em cena o padre viciado em drogas Tomás (Eduardo Noriega) e seu ajudante Karl (Eivaut Rischen), que parece uma versão do John Constantine depois da gripe. O filme gasta um bom tempo mostrando a rotina dos dois. E suas cenas são muito chatas.

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Não que o núcleo das irmãs seja interessante. Na verdade, a tal entidade sobrenatural não faz muita coisa além de escurecer os olhos de Camila e lhe provocar uma ressaca que dura dois dias. A montagem e a edição garantem um ritmo sonolento ao filme. Os efeitos sonoros falham na hora de criar sustos. E tirando alguns efeitos práticos razoáveis, um pouquinho de gore e aquele menininho assustador da cena de abertura, dificilmente os fãs do gênero vão encontrar atrativos aqui.

Imagem do filme 'A Marca do Demônio', de Diego Cohen
Imagem do filme 'A Marca do Demônio', de Diego Cohen

Também não dá para elogiar muito o elenco. Ok, as protagonistas não chegam a decepcionar. Mas o elenco de apoio não tem muita coisa para fazer. Mamãe Cecília (Lumi Cavazos) está no filme apenas para levar o tal livro para casa e criar problemas sem sentido. Papai Luis (Omar Fierro) não acrescenta nada para a trama. E o namorado Diego (Oliver Nava) também não.

Não vou negar que dei algumas risadas no último ato, quando o tempo fecha na residência dos De La Cueva. Mas o riso veio graças à direção atrapalhada, e não pelas qualidades do filme.

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O melhor: Dá para rir um pouco com a ruindade da batalha final.
O pior: Hmmm...as opções são bem variadas.

Título original: La Marca del Demonio.
Gênero: Terror.
Produção: 2020.
Lançamento: 2020.
País: México.
Duração: 82 minutos.
Roteiro: Ruben Escalante Mendez.
Direção: Diego Cohen.
Elenco: Eduardo Noriega, Eivaut Rischen, Arantza Ruiz, Nicolasa Ortíz Monasterio, Lumi Cavazos, Omar Fierro, Oliver Nava, Laura de Ita, Ramón Medina, Jorge Adrián Espíndola, Mary Paz Mata, Enrique Singer, Dunia Alexandra, Diego Escalona Zaragoza, Charles W. Lake.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

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