Crítica | Condado Macabro (2015)

Jovens são aterrorizados por família de assassinos no slasher de André de Campos Mello e Marcos DeBrito

Leonardo Miggiorin e Bia Gallo em imagem do filme 'Condado Macabro', de André de Campos Mello e Marcos DeBrito
Leonardo Miggiorin e Bia Gallo em imagem de 'Condado Macabro', de André de Campos Mello e Marcos DeBrito

Condado Macabro é o longa-metragem de estreia da dupla André de Campos Mello e Marcos DeBrito. É baseado em um curta que os dois realizaram em 1999, como parte de um trabalho de faculdade. Trata-se de um slasher que brinca com elementos de clássicos como O Massacre da Serra Elétrica, Quadrilha de Sádicos e Sexta-Feira 13. Mas com um toque bem brasileiro.

Cinco jovens com os hormônios à flor da pele vão passar o feriado em uma casa isolada no interior do Mato Grosso. O passeio é interrompido pela chegada indesejada de Cangaço (Francisco Gaspar), um palhaço picareta que sobrevive de pequenos golpes e furtos. Ele está acompanhado de seu parceiro trapalhão Bola Oito (Fernando de Paula). E todos terão que lidar com uma família de assassinos mascarados que vive nas redondezas.

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A história é contada em flashback, a partir do depoimento de um dos supostos criminosos que foi capturado pela polícia. Achei os diálogos entre o suspeito e o investigador Moreira (Paulo Vespúcio) meio cansativos. Mas me diverti acompanhando o relacionamento dos jovens festeiros, marcado por piadas e situações politicamente incorretas que parecem ter saído de uma daquelas comédias eróticas dos anos 80.

Francisco Gaspar em imagem do filme 'Condado Macabro', de André de Campos Mello e Marcos DeBrito
Francisco Gaspar em imagem do filme 'Condado Macabro', de André de Campos Mello e Marcos DeBrito

Theo (Leonardo Miggiorin) é o garoto bonzinho que lidera a viagem. Lena (Bia Gallo) é a garota atiradinha que quer ficar com Theo. Beto (Rafael Raposo) é o cara chato que quer ficar com todo mundo. Vanessa (Olívia de Brito) é a garota que sofre bullying mas não está nem aí, porque só quer dançar e ouvir clássicos da música brega. E Mari (Larissa Queiroz)...bem, eu não sei exatamente o que ela quer.

Os assassinos só dão as caras na metade final. O vilão interpretado por Beto Brito homenageia Leatherface e Jason Voorhees, usa máscara de porco e tem uma motosserra. A família do mal também conta com uma assassina com máscara de boneca, interpretada por Marcela Moura. E um vilão secreto, que faz parte da reviravolta final. No último ato, as coisas ficam bem sangrentas. Os efeitos digitais são gloriosamente ruins. Mas a maquiagem e os efeitos práticos seguram a onda.

Larissa Queiroz e Rafael Raposo em imagem do filme 'Condado Macabro', de André de Campos Mello e Marcos DeBrito

Destaque para a trilha sonora, que vai do rock ao brega romântico de Reginaldo Rossi; para a fotografia amarelada, suja, com filtros granulados, bem no estilo de Rob Zombie; para a carismática final girl, que passa longe do modelo da garota boazinha e virginal que tradicionalmente sobrevive nos filmes slashers; e para a cena final, inesperadamente sádica.

Ah, e se você ficou irritado porque censuraram a dancinha da Lena, fique tranquilo porque há uma surpresa rápida nos letreiros de encerramento.

Título original: Condado Macabro.
Gênero: Terror.
Produção: 2015.
Lançamento: 2015.
País: Brasil.
Duração: 113 minutos.
Roteiro: Marcos DeBrito.
Direção: André de Campos Mello, Marcos DeBrito.
Elenco: Bia Gallo, Francisco Gaspar, Paulo Vespúcio, Leonardo Miggiorin, Rafael Raposo, Marcela Moura, Larissa Queiroz, Fernando de Paula, Beto Brito, Olivia de Brito, Lincoln Shedd, Gio Avelino, Antonio Cândido da Silva, Marcos DeBrito.

Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

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