Crítica | Do Fundo do Mar 3 (Deep Blue Sea 3, 2020)

Emma Collins interpreta cientista cujo trabalho é ameaçado pelo ataque de tubarões inteligentes no novo filme da franquia 'Do Fundo do Mar'


Tania Raymonde no filme 'Do Fundo do Mar 3
Tania Raymonde como Emma no filme 'Do Fundo do Mar 3', de John Pogue


O terceiro capítulo da franquia Do Fundo do Mar nos leva para Little Happy, uma antiga vila de pescadores na costa de Moçambique que foi parcialmente inundada e isolada do continente. A maioria de seus habitantes foi embora. E agora Little Happy virou base de operações de uma pequena equipe de cientistas que investiga os efeitos das mudanças climáticas na vida marinha.

A conservacionista Emma Collins (Tania Raymonde, de Dirty Lies), lidera a equipe. Mas seus mergulhos pelas profundezas e seus encontros pacíficos com peixes de todos os tamanhos estão prestes a ser ameaçados pela chegada de três tubarões. Não tubarões comuns, mas os tubarões-touros geneticamente aprimorados de Do Fundo do Mar 2, que escaparam para o mar aberto e estão mais inteligentes do que nunca.


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Quem trás as más notícias é Richard Lowell (Nathaniel Buzolic, da série The Vampire Diaries), colega de classe e ex-namorado da heroína, que trabalha agora para uma empresa farmacêutica que tenta capturar os tubarões turbinados. Sua chegada gera discussões que passam a ilusão de que estamos diante de um filme socialmente consciente. O elenco é comprometido. O roteiro se esforça para desenvolver os conflitos internos de cada um dos personagens. Mas à exceção de Emma, não me importei com nenhum deles e achei a primeira metade do filme bem chata.

Imagem do filme 'Do Fundo do Mar 3'
Imagem do filme 'Do Fundo do Mar 3', de John Pogue


Cenas como aquela onde um dos personagens convence os tubarões a desistir de um ataque ao apontar sua arma para um deles, no melhor estilo de drama policial televisivo, dão pistas de que o diretor está doido para chutar o balde e abraçar o ridículo. A certa altura, ele abraça. E aproveita para homenagear a cena mais famosa do filme original. Sim, "aquela" onde Samuel L. Jackson faz seu inesquecível discurso inspirador.


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O último ato diverte. Tudo bem que a ação continua sendo interrompida para podermos acompanhar chatices como o relacionamento entre dois funcionários de Emma, que agem como se estivessem participando de uma comédia romântica adolescente. Mas o diretor John Pogue (A Marca do Medo) entrega confrontos, explosões e ataques de tubarões suficientemente extravagantes para garantir que a adrenalina se mantenha em níveis satisfatórios até o final.

Tania Raymonde no filme 'Do Fundo do Mar 3
A atriz Tania Raymonde como Emma no filme 'Do Fundo do Mar 3', de John Pogue


Do Fundo do Mar 3 ganha mais alguns pontos por sua produção relativamente bem cuidada. A cinematografia subaquática captura com competência a beleza da vida marinha. O CGI é aceitável, principalmente se considerarmos que essa é uma produção feita diretamente para o mercado de VOD. E eu realmente gostei da batalha final, que entrega a tensão que estava ausente até então. Isso não faz de Do Fundo do Mar 3 um bom filme. Mas acredito que ele pode divertir se você assistir com a expectativa bem baixa.

Nota: 5/10

Título original: Deep Blue Sea 3.
Gênero: Ação, terror, ficção científica.
Produção: 2020.
Lançamento: 2020.
País: Estados Unidos.
Duração: 99 minutos.
Roteiro: Dirk Blackman.
Direção: John Pogue.
Elenco: Tania Raymonde, Nathaniel Buzolic, Emerson Brooks, Bren Foster, Reina Aoi, Alex Bhat, Ernest St.Clair, Siya Mayola, DeVille Vannik, Brashaad Mayweather.


Ed Walter

Criador da 'Sangue Tipo B' e escritor na comunidade de filmes de terror desde 2017. Apaixonado por filmes de terror dos anos 70 e 80. Joga 'Skyrim' até hoje.

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